1h20 prestando depoimento -

Após depor à PF, Deltan Dallagnol diz que pedirá publicidade em investigação

Após passar aproximadamente 1 hora e 20 minutos prestando depoimento à Polícia Federal, o ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), anunciou que solicitará o levantamento do sigilo do inquérito que tramita contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF). Com informações do Metrópoles.

Dallagnol é investigado por ter compartilhado uma entrevista na qual afirmava que os ministros do TSE teriam votado pela sua cassação motivados por interesses políticos.

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos DeputadosEm decisão unânime, TSE cassa mandato do deputado Deltan Dallagnol
Em decisão unânime, TSE cassa mandato do deputado Deltan Dallagnol

O depoimento de Dallagnol teve início por volta das 11h desta segunda-feira (05/06). Ele respondeu a todas as perguntas feitas pelos investigadores, mas não pôde revelar o conteúdo de suas declarações devido ao sigilo determinado pelo relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes.

"A defesa de Deltan, representada pelo advogado Leandro Rosa, solicitará, em nome da transparência e do interesse público, o fim do sigilo ainda nesta semana, uma vez que, segundo a defesa, não há fundamentação legal para a manutenção do sigilo no inquérito, uma vez que os fatos estão relacionados a declarações públicas feitas por Deltan enquanto deputado", informou a assessoria de Dallagnol.

A oitiva estava originalmente marcada para a última sexta-feira (02/06), porém Dallagnol alegou que a intimação não especificava o motivo do depoimento, apenas se referindo a um "termo de declarações" a pedido da "Coordenação de Inquéritos nos Tribunais Superiores".

O ex-deputado argumenta ter exercido seu direito e estar protegido por sua imunidade em relação a opiniões e palavras. Ele também afirma estar impedido de fornecer mais detalhes sobre a investigação devido ao sigilo decretado pelo STF.

A decisão do TSE pela cassação de Dallagnol foi proferida em 16 de maio, porém, devido a questões regimentais da Câmara, ele ainda mantém o mandato. O registro de sua candidatura a deputado federal foi cassado pela Corte.

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