
Ação conjunta de Sasc e MPT intensifica combate ao trabalho escravo e tráfico humano
A Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc), em parceria com o Ministério Público do Trabalho, tem intensificado as ações de fiscalização e combate ao trabalho escravo e ao tráfico de pessoas no Piauí. O principal objetivo dessas iniciativas é reforçar o atendimento socioassistencial nos municípios que apresentam altos índices de migração forçada ou casos de resgate de vítimas dessas práticas, garantindo suporte e reinserção social.
Ana Cristina Martins Barbosa, coordenadora de apoio às Pessoas Resgatadas da Sasc, destacou a importância do trabalho realizado para sensibilizar agentes públicos quanto ao reconhecimento e busca ativa de vítimas no estado. Segundo ela, a Sasc tem papel fundamental no acompanhamento dessas pessoas e na articulação de políticas públicas, atuando como ponto focal junto aos órgãos de fiscalização para coordenar as ações em rede com os municípios de origem dos trabalhadores resgatados.
A coordenadora também ressaltou a necessidade de valorizar o potencial econômico dos trabalhadores das pedreiras, setor frequentemente afetado por condições precárias de trabalho. Para fortalecer essa atividade e garantir condições dignas aos trabalhadores, o rastreamento das cadeias produtivas tem sido um aspecto essencial. A medida visa conscientizar compradores oficiais a evitarem negócios que envolvam práticas de trabalho escravo e tráfico humano, promovendo um ambiente de trabalho mais justo e transparente.
Na última semana, diversas equipes estiveram em Nazária para engajar múltiplos atores na criação do Programa Trabalhador Resgatado ao Trabalho Digno. O evento reuniu representantes das Secretarias Municipais de Assistência Social, Saúde, Educação, Agricultura e Juventude, além de Conselhos Tutelares, CRAS, empregadores das pedreiras e trabalhadores resgatados. A iniciativa busca ampliar as oportunidades de reinserção no mercado de trabalho para aqueles que foram vítimas de exploração.
Além disso, foram promovidas capacitações sobre o Fluxo de Atendimento às vítimas de trabalho escravo em Regeneração, Amarante e Palmeirais, reunindo representantes de associações, sindicatos e órgãos municipais. Atualmente, a rede de apoio busca localizar 19 trabalhadores resgatados de situações de exploração na pecuária e em pedreiras, além de outros quatro trabalhadores listados no Cadastro de Empregadores flagrados com mão de obra análoga à escravidão. O esforço conjunto das entidades visa erradicar essa prática e garantir os direitos dos trabalhadores.
Fonte: Governo do Piauí