Disparidade Salarial -

Salário de diretora da Uespi começa a ser questionado dentro da instituição

 

Por Rômulo Rocha - Do Blog Bastidores

 

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-Privilegiado: coordenador de curso no Centro de Formação Antonino Freire também receberia salário diferenciado dos demais

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_professora Lucile Moura, prestígio dentro da UESPI (Foto: Divulgação)
_Professora Lucile Moura, prestígio dentro da UESPI (Foto: Divulgação) 

 

SEM ISONOMIA

Levantamento feito junto ao Portal da Transparência do governo do estado do Piauí traz a confirmação  da imensa disparidade salarial existente nos contracheques da atual diretora do Centro de Formação Antonino Freire (CFAF), da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), em comparação com os contracheques dos demais diretores de centro e de campus e até mesmo em comparação à gratificação que recebe o próprio reitor Nouga Cardoso Batista. 

A diretora em questão é Lucile Moura, por muitas vezes já prestigiada pelo Palácio de Karnak. A professora foi nomeada pelo reitor através da portaria nº 147669-6 de 06 de junho de 2019. A evolução salarial desde então é significativa. 

Segundo o Portal da Transparência, atualmente Lucile Moura recebe, pela função de diretora, uma remuneração de R$ 6.480,00, sendo que R$ 6.000,00 referem-se à condição especial de trabalho (CET) e  R$ 480,00 ao valor do DAS 4. Já o reitor recebe pela função o valor de R$ 5.400,00 somente.

A situação fica um pouquinho mais evidente quando comparada com a composição salarial dos diretores de centro e de campus da UESPI, que, em tese, exercem a mesma função da professora Lucile Moura.

Pelo exercício da função, os diretores recebem R$ 1.980,00, sendo R$ 1.500,00 de Condição Especial de Trabalho e mais R$ 480,00 do valor do DAS 4.

AUMENTOS PROGRESSIVOS

Um outro detalhe é que a diretora do CFAF vem tendo aumentos progressivos no valor de sua Condição Especial de Trabalho.

Nos meses de julho e agosto de 2019, Lucile Moura recebia o mesmo valor dos demais diretores, ou seja, R$ 1.500,00 como condição especial de trabalho.

Já nos meses de setembro e outubro, esse valor pulou para R$ 4.500,00 e, no mês de novembro, último mês disponível no Portal da Transparência, esse valor saltou para R$ 6.000,00.

A situação é crítica dentro da instituição porque além desse privilégio à diretora, o governo do estado não tem efetuado os pagamentos de progressões e promoções funcionais de seus docentes, além de não fazer nem mesmo a reposição de inflação.

MAIS DISPARIDADES

Outro fato que chama atenção é que o coordenador de curso no CFAF,  professor Damião de Cosme de Carvalho Rocha, recebe o valor de R$ 4.130,00 pelo cargo comissionado, sendo R$ 330,00 correspondentes ao valor do DAS 3 e mais R& 3.800,00 pela condição especial de trabalho.

Ocorre que os coordenadores de curso da UESPI recebem apenas R$ 785,00 pela função comissionada, sendo R$ 330 correspondentes ao DAS 3, mais R$ 455,00 pela condição especial de trabalho.

Quantas disparidades dentro da mesma instituição.

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