Queda maior no Sudeste -

Intenção de consumo das famílias cai pela terceira vez seguida, aponta CNC

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, a CNC, caiu 1,7% em relação a abril. Esta é a terceira queda seguida registrada.

O economista da CNC Antonio Everton aponta que o baixo dinamismo do mercado de trabalho, com um contingente de 13 milhões de desempregados, tem influenciado a perspectiva profissional das famílias. Aliado a isso, o impacto nos preços médios causados pelas altas dos combustíveis e dos alimentos pode estar levando as famílias a comprar menos.

“O baixo dinamismo da economia, frustrante, mais uma vez, como aconteceu em 2017, 2018 e agora, pelo visto, em 2019 também, com o aumento do desemprego, afeta o mercado de consumo, evidentemente, afeta as vendas do comércio, as encomendas do comércio para a indústria, um pouco da importação também e faz com que a economia não decole, que era esperado no início do ano”, ponderou.

Por conta do cenário econômico desfavorável, o consumidor começou a ter mais cautela quanto aos gastos na aquisição de bens e serviços. É o caso da Agda Oliveira, de 46 anos, moradora do Distrito Federal, que está desempregada.

“Como quem tem uma renda fixa é realmente só o meu marido, então a gente tem que ter muita cautela no uso de tudo, nas compras com tudo. Cautela no supermercado, cautela também no uso de energia, ou uso da água, a gente tem que estar sempre verificando o hidrômetro, a quantidade de água que gastou para que não venha uma conta muito alta. Qualquer detalhe que você dispersa no mês em relação às rendas abala todo o financeiro da casa", relata.

Do ponto de vista regional, a maior queda da intenção de consumo das famílias foi registrada no Sudeste. Já o Centro-Oeste aparece como a única região onde as famílias se mostraram dispostas a ampliar o consumo, com uma leve alta em relação a abril (+0,1%).

Ainda segundo a pesquisa, aproximadamente 61,5% das famílias entenderam que o momento é ruim para a compra de eletrodomésticos, televisores, aparelhos de som, por exemplo, enquanto 28,8% acham que pode ser bom.

Fonte: AsCom

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