Distribuição Irrestrita -

Farra das bolsas na UESPI: técnicos com cargo de chefia também participam da 'festa'

 

Por Rômulo Rocha - De Teresina

 

               

As supostas irregularidades nos programas Parfor e UAB na Universidade Estadual do Piauí parecem ganhar grandes dimensões.

Além da esposa do reitor, da esposa do coordenador, do filho da coordenadora adjunta e de pessoas ligadas à gestão que recebem bolsas sem participar de editais de seleção - alguns sem cumprir os requisitos mínimos exigidos pelos  programas, um número significativo de técnicos administrativos apadrinhados pela atual gestão da UESPI engrossam as fileiras daqueles que recebem bolsa sem participar de seleção, como preceitua as normas da CAPES.

Encabeça a lista Celia Maria Dias de Almeida Costa, atual chefe do Departamento de Gestão de Pessoas da UESPI. A referida servidora é beneficiada como professora formadora vinculada ao Núcleo de Educação a Distância – NEAD/UAB, tendo recebido o total de R$ 31.200,00, referente aos anos 2015 e 2016. O detalhe é que o nome da funcionária não constaria em nenhum edital do NEAD/UESPI.

Outra beneficiada é Maria Adelia Costa Leal, atual diretora do Departamento de Assuntos Acadêmicos –DAA, que recebeu o total de R$ 20.900,00, nos anos de 2015 e 2016, referente a bolsa de professor formador do NEAD/UAB. No entanto, não foi localizado na plataforma lattes o currículo da servidora. Um pré-requisito editalício.

    Servidoras Célia Dias e Adélia Leal...

 

ATÉ TU, ...?

Também integra o clube dos bolsistas Cândida Helena de Alencar Andrade, presidente da Comissão Permanente de Licitações da Uespi.

A servidora recebeu o total de R$ 29.900,00, nos anos de 2015 e 2016. A exemplo das demais, seu nome não constaria nos editais de seleção promovidos pela Uespi.

O chefe da Divisão de Pós Graduação, Henrique Barbosa Costa, também é outro beneficiário, tendo recebido o total de R$ 21.425,00, somados os anos de 2015 e 2016.

Esse chegou a receber bolsa pelos 2 programas (UAB e  PARFOR) no ano de 2015, o que também seria vedado pela CAPES, mas que na UESPI é permitido.

Diante de fartas evidências de possíveis irregularidades – investigadas pelo Ministério Público Federal - nos programas Parfor e UAB, fica a pergunta: será que os beneficiários das bolsas realmente realizaram as atividades inerentes ao benefício ou seria apenas um “agrado” do chefe generoso?

O atual reitor Nouga Cardoso tenta a reeleição à frente da instituição e almejaria o sonho de ser político.

Os dados veiculados são do Portal da Transparência.

É PRECISO DETALHAR A ÍNTEGRA DO ORÇAMENTO DA UESPI

As licitações da UESPI ano após ano são alvo de investigação do TCE, que vêm apontando inúmeras irregularidades e supostos superfaturamentos, como o caso da pista de atletismo e da compra de equipamentos de informática, já relatados pelo 180graus.

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