Conquistaram 40 medalhas -

CETI Augustinho Brandão é destaque na Olimpíada Brasileira de Matemática

As escolas da rede estadual de ensino foram destaque na 15ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) 2019. Os estudantes das escolas da rede estadual conquistaram, juntos, o total de quarenta medalhas, sendo: 4 ouros, 15 pratas e 21 bronzes, além de 291 certificados de menção honrosa entre os níveis 1, 2 e 3 da competição.

Com vasto histórico de premiações nacionais, o CETI Augustinho Brandão, que em 2018 conquistou o prêmio Darcy Ribeiro de Educação, foi destaque na competição. Os 32 estudantes da escola conquistaram quatro medalhas de ouro, 13 pratas e 6 bronzes e 9 menções honrosas, nos três níveis de premiação.

Sonhando cursar engenharia mecânica, o aluno Iago de Brito Vieira, com apenas 12 anos, conquistou o seu primeiro ouro participando da OBMEP e disse que, mesmo se preparando, ficou surpreso com a medalha. “Esta é a minha primeira medalha de matemática e fiquei muito feliz por ganhá-la, pois me dediquei muito nos últimos meses. Eu já via os outros alunos ganhando em 2018 e neste ano me preparei aproveitando todas as aulas que a escola realizava. Mesmo com as aulas, eu estudava em casa os exercícios das provas passadas, assistindo vídeos de como resolver questões e treinei a forma correta de fazer a prova. Tudo isto me ajudou a ganhar a medalha”, explica o jovem.

A preparação para a OBMEP faz parte do calendário da escola Augustinho Brandão. Além dos conteúdos previstos no semestre letivo, os alunos realizam preparações com aulas extras e os finais de semana eram destinados a todos os estudantes que conseguem passar nas fases da olimpíada.

O estudante Edgard Junior da Silva Viana participou pela segunda vez da competição e o conta que mesmo com a rotina de estudos ficou surpreso com a medalha de ouro no nível 2. “Fiquei esperançoso com meu nome na lista anterior e quando vieram me contar fiquei feliz pela medalha de ouro. A preparação para a prova foi muito intensa, pois os professores realizaram esquemas de aula para nós conseguirmos o resultado. Fora da escola estudava as provas antigas e outros horários que não tinham aulas”, disse.

Filho de pais que estudaram até o ensino fundamental menor, o estudante sonha com voos maiores e destaca que a preparação realizada pela escola foi essencial para esta conquista. “Desde o início os professores sempre me incentivaram a participar das olimpíadas, está sendo uma oportunidade a mais de conseguir um futuro, e o empenho dos professores foi essencial para conseguir este resultado. Agora pretendo continuar estudando e seguir ate o doutorado de matemática”, projeta Edgar.

Conhecimento que também vem de casa

Com a inspiração pela matemática vindo de dentro de casa, o estudante do 3º ano do ensino médio e medalhista de ouro, Sávio Vinicius Costa do Amaral, é filho do professor Antônio Cardoso do Amaral, idealizador do projeto de incentivo à aprendizagem da matemática que se tornou destaque no Brasil. “Minha relação com a matemática é desde cedo com inspiração do meu pai e ele incentivou a participar de todas as competições. Este foi um resultado já esperado diante da preparação e nesta fase foi mais tranquilo”, disse.

Sávio participa da OBMEP desde o 6º ano do ensino fundamental e acumula na olimpíada 4 ouros, uma prata, um bronze e uma menção honrosa. Com o currículo premiado, o estudante recentemente foi aprovado na Faculdade Getúlio Vargas (Rio de Janeiro) na qual irá cursar matemática aplicada no próximo ano. Ele ressalta que a preparação da escola é essencial para obter estas conquistas.

“Na escola temos uma preparação integral com aulas durante os quatro meses, incluindo uma preparação no projeto multiplicando talentos em Teresina com os medalhistas das edições passadas. Seguindo temos aulas específicas com três aulas na semana e no sábado com aula integral até a véspera da prova, tudo isso visando uma boa preparação dos alunos na OBMEP”, explica.

Matemática como inspiração

A quarta medalha de ouro foi conquistada pela estudante Vanessa Barreto de Brito, no nível 3. A aluna diz-se surpresa com os resultados alcançados. “Esta é a quarta vez que participo da olimpíada e fiquei muito surpresa com o ouro. Acompanhei as preparações organizadas para os alunos que passaram para a segunda fase com três meses de provas, realizando os testes seguindo as provas passadas e todos os sábados estamos na escola”, explica.

A estudante já conquistou premiações nas olimpíadas: Canguru de matemática, Piauiense de Química, Brasileiro de Astronomia e recentemente foi até São Paulo receber o prêmio na Olimpíada de Língua Portuguesa: escrevendo o futuro na categoria artigo de opinião. Mesmo com os resultados expressivos é pela matemática que seus olhos brilham e pretende seguir com os números no futuro. “A matemática tem um lugar essencial na vida e é por ela que sou encantada. Dentre todas as olimpíadas, a OBMEP é a que mais gosto de fazer a prova e acho realmente muito divertido. O principal diferencial é que gosto de estar ali. Pretendo não exatamente continuar com a matemática, mas cursar arquitetura pois gosto da área de geometria, assim vou unir as duas áreas”, explica Vanessa.

A 15ª OBMEP distribuiu, entre os estudantes de escolas públicas, um total de 522 medalhas de ouro, 1.500 de prata, 4.508 de bronze e 42.432 certificados de menção honrosa em todo o país. Destinada aos estudantes das séries finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio a competição tem o objetivo de estimular o estudo da Matemática e revelar talentos na área.

Fonte: Com informações da Ascom

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