No último ano no Brasil -

Calar Jamais!: Relatório expõe 70 ataques contra a liberdade de expressão no Brasil

Do Portal 180graus

 

_Alguns dos atingidos no Brasil...


UM DELES

MARIDO E ESPOSA ATUAM NO IDEPI E TENTAM CALAR O 180

Um casal de empreiteiros (hoje se sabe, ambos são empreiteiros, com empresas diferentes disputando licitações no governo) imputou várias acusações absurdas ao jornalista Romulo Rocha, do 180, tanto na área cível como criminal, caso que se desenha como um dos maiores embates jurídicos por conta de publicações jornalísticas no Piauí. O jornalista apenas escrevia sobre um grupo de empreiteiros, homens públicos e engenheiros, investigados por supostos desvios milionários no ano eleitoral de 2014 - Governo Zé Filho, quando haveria pagamentos de R$ 100 milhões por estrada vicinais não concluídas, o que ficou conhecido como o Caso IDEPI. Após uma série de matérias, o jornalista quase foi atropelado por denúncias fantasiosas, incluindo a de uma ex-namorada, que era sócia de uma das empresas investigadas. Esta semana, o profissional foi avisado por pesquisadores que a mulher também disputa uma série de licitações no IDEPI atualmente. Saiu a investigada Caxé do marido, entrou uma outra empreiteira. O jornalista apura o caso. É isso que eles querem censurar.


_Desabafo: ABAIXO trechos da publicação com o jornalista do 180: a revelação da ameça contra sua vida, críticas ao trabalho da Polícia e mais críticas duras ao judiciário que o censurou, além da menção a precauções que toma - algumas delas a pedido da própria direção da empresa, desde quando passou a atuar no Piauí e suas matérias terem repercussão...


A CAMPANHA CALAR JAMAIS!

A censura às matérias do jornalista Rômulo Rocha, do Portal 180graus, figura em um dos trabalhos mais completos do país sobre ataques a jornalistas e outros pensadores dos últimos tempos e que retrata os 70 casos mais notórios no Brasil no último ano de atentados à liberdade de expressão. Por causa da cobertura do Caso IDEPI, o portal foi censurado, achincalhado e ameaçado de ser retirado do ar. Nas redes sociais, comentários apócrifos pediam a prisão do profissional de comunicação do portal, através de ataques orquestrados por pessoas ligadas aos noticiados. Esse é um dos notórios casos que figuram na Campanha Calar Jamais!.

“Na semana em que a campanha Calar Jamais! completa exatamente um ano de lançamento, o Fórum Nacional pela Democratização (FNDC) publica o balanço das violações à liberdade de expressão registradas ao longo desse período. O relatório “Calar Jamais! – Um ano de denúncias contra violações à liberdade de expressão”, disponível em versão digital, documenta cerca de 70 casos apurados, organizados em sete categorias: 1) Violações contra jornalistas, comunicadores sociais e meios de comunicação; 2) Censura a manifestações artísticas; 3) Cerceamento a servidores públicos; 4) Repressão a protestos, manifestações, movimentos sociais e organizações políticas; 5) Repressão e censura nas escolas; 6) Censura nas redes sociais; e 7) Desmonte da comunicação pública. Ele foi lançado em um seminário em parceria com o Fórum Social Mundial, na Universidade Federal da Bahia, em Salvador”, publicou o site Intervozes.

IDEPI

CASO NOTÓRIO NO QUAL SE INTROMETEU UMA EMPREITEIRA EX-NAMORADA DO JORNALISTA DO 180. DETALHE: DE 12 ANOS ATRÁS...

 

O caso de censura ao Portal 180graus movimentou jornalistas de esquerda e de direita em todo o Brasil e contribuiu para a discussão sobre a liberdade de imprensa no território nacional e até internacional. A situação ganhou ampla repercussão também porque envolveu uma ex-namorada do jornalista Rômulo Rocha, que hoje é, segundo pesquisadores, uma empreiteira que disputaria licitações com uma outra empresa ao lado do marido, em órgãos do governo do estado. Ela era sócia da Caxé no ano de 2014, quando eclodiu a investigação e as denúncias na imprensa sobre superfaturamento, inicialmente através do Capital Teresina. Atualmente, com outra empreiteira, concorre em projetos de pavimentação em  diversos municípios do Piauí.

O relatório também registra entre os 70 casos de atentados à liberdade de expressão a censura imposta pela justiça a pedido da mulher do presidente da República, Marcela Temer; a suposta demissão de um jornalista a pedido do governador do Rio de Janeiro Marcello Crivella; a divulgação de uma conversa entre o jornalista Reinaldo Azevedo e sua fonte, a irmã do senador Aécio Neves; o caso do blogueiro que denunciou vazamento seletivo da Lava Jato e foi preso; a proibição judicial do termo “helicoca” para se referir ao helicóptero de um senador da República; e muito mais, como a censura imposta pelo Facebook à capa do CD de Caetano Veloso, álbum com o nome "Joia".

CASO DO 180

EM TOM DE DESABAFO, RÔMULO ROCHA DIZ À PUBLICAÇÃO QUE JÁ FOI AMEAÇADO DE MORTE E A POLÍCIA CIVIL NUNCA FEZ NADA

Recentemente, o jornalista esteve numa delegacia do Piauí, o 6º Distrito Policial e saiu de lá irritado porque não conseguiu registrar um Boletim de Ocorrência contra uma série de ataques que vinha sofrendo na internet. Era justamente a delegacia que foi designada pela delegacia-geral para investigar uma ameaça de morte ocorrida ainda em dezembro de 2015, quando Rômulo Rocha investigava a falta de transparência na Câmara de Vereadores de Teresina.

Diante do ocorrido no 6ªº DP, o profissional anunciou que desistira de procurar a Polícia do Piauí. Isso também foi retratado na matéria sobre um dos 70 maiores casos de censura e ataques à liberdade de expressão no país registrados últimos 12 meses.

 

VEJA A ÍNTEGRA DA PUBLICAÇÃO: O RELATÓRIO CALAR  JAMAIS!

 


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