Estrela de Emilia Pérez -

Netflix encerra contato direto com Karla Sofía Gascón após polêmicas

Após ser removida de artes promocionais do filme Emilia Pérez, a atriz Karla Sofía Gascón sofreu mais um baque em sua campanha na corrida ao Oscar 2025. A equipe da Netflix teria encerrado um contato direto com a atriz e não irá mais pagar pelas despesas dela em viagens durante a temporada de premiação.

Foto: Reprodução/Instagram @karsiagascon

Segundo a Variety, o motivo do afastamento da empresa, que é uma das produtoras de Emilia Pérez, foi as postagens antigas de Karla com teor preconceituoso. A revista norte-americana ressalta que a atriz iria comparecer a uma série de eventos em fevereiro como o Critics Choice Awards, por exemplo, e que agora ela não é esperada em nenhum.

Além disso, uma fonte revelou para a revista que Karla e sua colega de elenco Zoe Saldaña compartilham a mesma empresa de relações públicas e que a empresa e a Netflix pararam de se comunicar com Karla diretamente. Todos os contatos com a atriz espanhola passaram a ser feitos por um representante dela da United Talent Agency, chamado Jeremy Barber.

Em meio às polêmicas, a Netflix decidiu também parar cobrir despesas de viagem para as várias premiações e também despesas de vestuário para quaisquer aparições nesses eventos.

Falas de Karla Sofía Gascón contra árabes e o Oscar vêm à tona

Karla Sofía Gascón, estrela de Emilia Pérez, se viu em mais uma polêmica na última quinta-feira (30/1), após várias postagens antigas dela no X (antigo Twitter), ressurgirem nas redes sociais. Entre os comentários da atriz espanhola, estão falas sobre a crescente presença de árabes na Espanha e críticas sobre a representatividade no Oscar.

Em sua maioria, as postagens foram feitas entre 2020 e 2021 e foram apagadas do perfil da atriz pela noite, segundo a Variety. Os prints, contudo, circularam na rede social ao longo do dia.

Um deles, feito em 22 de novembro de 2020, mostra Karla Sofía Gascón falando sobre a crescente presença de árabes na Espanha.

“Sinto muito, é só impressão minha ou há mais muçulmanos na Espanha? Toda vez que vou buscar minha filha na escola, há mais mulheres com os cabelos cobertos e as saias abaixadas até os calcanhares. No ano que vem, em vez de inglês, teremos que ensinar árabe”, escreveu ela.

Também em 2020, a atriz voltou a falar sobre o tema e criticou a religião. “O islamismo é maravilhoso, sem nenhum machismo. As mulheres são respeitadas e, quando são respeitadas, ficam com um pequeno buraco quadrado no rosto para que seus olhos fiquem visíveis e suas bocas, mas apenas se ela se comportar. Embora se vistam assim para seu próprio prazer. Quão PROFUNDAMENTE REPUGNANTE DA HUMANIDADE”, escreveu.

Em 29 de janeiro de 2021, Karla falou que o “o islamismo não cumpre os direitos internacionais” e que as religiões “devem ser proibidas enquanto não cumprirem com o Direitos Humanos”.

A atriz também teceu críticas a outras religiões que, na opinião dela, violam os direitos humanos. “Estou tão farto de tanta merda, do islamismo, do cristianismo, do catolicismo e de todas as crenças de idiotas que violam os direitos humanos”, escreveu.

Mais críticas de Karla Sofía Gascón

A atriz, que se tornou a primeira mulher trans indicada ao Oscar, também falou sobre a premiação em tuítes de 2021. Na ocasião, ela afirmou que “cada vez mais o #Oscar parece uma cerimônia de filmes independentes e de protesto, eu não sabia se estava assistindo a um festival afro-coreano, a uma manifestação do Black Lives Matter ou ao 8M”. Ela completou: “Além disso, uma festa feia, feia”.

Karla Sofía Gascón também falou sobre o assassinato de George Floyd, homem que foi morto por policiais em 2020 nos Estados Unidos e inspirou uma série de protestos no país. “Eu realmente acho que muito poucas pessoas se importaram com George Floyd, um vigarista viciado em drogas, mas sua morte serviu para demonstrar mais uma vez que há pessoas que ainda consideram os negros como macacos sem direitos e consideram os policiais como assassinos. Eles estão todos errados”, avaliou.

Em uma postagem seguinte, Karla acrescentou: “Muitas coisas para refletir sobre o comportamento da nossa espécie toda vez que um evento ocorre. Talvez não seja mais uma questão de racismo, mas de classes sociais que se sentem ameaçadas umas pelas outras. Talvez essa seja a única diferença real”.

Fonte: Metrópoles

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