A estrela norte-americana Kim Kardashian prestou depoimento nesta terça-feira (13/05), em um tribunal de Paris, durante o julgamento dos acusados de envolvimento no assalto que sofreu em 2016, durante a Semana de Moda da capital francesa. "Eu realmente pensei que ia morrer", disse ela no depoimento.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

De acordo com o depoimento da influenciadora, ela foi ameaçada com uma arma apontada para a cabeça, teve os pulsos amarrados e a boca coberta com fita adesiva durante o crime. Kim disse ter suplicado aos criminosos que não a matassem, argumentando que precisava cuidar de seus filhos.

Ao todo, dez suspeitos – sendo nove homens e uma mulher – estão sendo julgados desde o fim de abril, pelo roubo à mão armada em que joias avaliadas em mais de US$ 6 milhões (cerca de R$ 33,8 milhões, na cotação atual) foram roubadas do quarto de hotel onde a estrela do reality The Kardashians estava hospedada, no centro de Paris. O crime ocorreu em outubro de 2016.

A mídia francesa classificou o caso como o “assalto do século”, por ser o roubo mais valioso registrado contra uma pessoa física no país em duas décadas. Entre as peças levadas estava um anel de diamante presenteado por seu então marido, o rapper Kanye West, avaliado em mais de R$ 22 milhões.

Os réus ficaram conhecidos como os “ladrões vovôs”, por estarem, em sua maioria, na faixa dos 60 a 70 anos. Segundo as autoridades, o grupo teria rastreado os passos de Kim através de publicações feitas por ela no Instagram, onde costuma compartilhar aspectos de sua rotina.

Inicialmente, doze pessoas foram indiciadas. Uma delas já faleceu e outra foi retirada do processo por razões médicas. Dois dos acusados confessaram envolvimento no crime. Aomar Ait Khedache, de 68 anos, admitiu que amarrou Kim, mas negou ser o responsável pelo plano do roubo. Conhecido como “Velho Omar”, seu DNA foi encontrado na fita utilizada para amordaçá-la.

Yunice Abbas, de 71 anos, também reconheceu participação, afirmando que amarrou o concierge do hotel e atuou como vigia na recepção, garantindo que o grupo pudesse fugir sem ser interceptado.