Maria Eloísa Santana de Jesus tinha apenas 13 anos quando foi brutalmente assassinada na noite de 3 de agosto, no bairro de Fazenda Grande do Retiro, em Salvador. Com informações do BNews.

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Os responsáveis pelo crime são supostamente membros da facção criminosa Comando Vermelho (CV), e foram alvos de uma operação conduzida pela Polícia Civil na manhã de quarta-feira (4), com o apoio das equipes do DHPP e do Core.

Durante a investigação, seis homens foram presos, sendo que um deles foi detido por outro motivo e não tem relação com o homicídio. Ademar Tanner, titular da Delegacia de Homicídios da Baía de Todos os Santos (DH/BTS), explicou que a motivação para o crime foi "fútil e tola".

"Maria Eloísa gravou um vídeo, e uma pessoa passou por trás dela fazendo o símbolo de uma facção rival (BDM). A facção acreditou que ela estava associada a esse grupo rival e decidiu executar a menina na frente da mãe de maneira cruel", detalhou Tanner.

José Nelis, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), descreveu os eventos que levaram ao assassinato da adolescente, caracterizando-o como um feminicídio devido ao envolvimento do "corpo da vítima" na disputa entre as facções criminosas.

Nelis explicou que, após a publicação do vídeo, a facção conhecida como 'Bonde do Ajeita' fez um julgamento informal, percebendo que a jovem estava associada a um território que haviam perdido. O vídeo foi compartilhado nas redes sociais para que o Comando Vermelho (CV), que controlava a área, realizasse a execução.

Maria Eloísa foi submetida a um segundo julgamento, onde a facção não aceitou sua participação no vídeo e ordenou que ela saísse de casa. Após deixar o local onde o julgamento foi realizado, possivelmente por vídeo-chamada, ela foi executada na frente de sua família pelos membros da facção.

"É impressionante a frieza dos suspeitos. Um dos envolvidos fez uma vídeo-chamada para o líder da facção e, após o assassinato, filmou o corpo da jovem, mesmo com a família em desespero ao fundo, para provar que o crime foi consumado", concluiu José Nelis.