Ex-BBB Felipe Prior -

Conheça os detalhes do processo que condenou Felipe Prior por estupro

O ex-BBB Felipe Prior foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) por um novo crime de estupro. O juiz Vinicius Castrequini Bufulin, responsável pelo caso, estabeleceu uma pena de seis anos de reclusão em regime semiaberto para o engenheiro. A coluna de Fábia Oliveira traz os detalhes dessa nova condenação.

Foto: DivulgaçãoDivulgação

Esta é a segunda vez que Felipe Prior é condenado pelo mesmo crime. Em setembro deste ano, ele já havia sido sentenciado a oito anos de prisão por um estupro ocorrido em 2014. A condenação mais recente, proferida em 21 de outubro, refere-se a um caso ocorrido em fevereiro de 2015, na cidade de Votuporanga (SP).

Na sentença, publicada primeiramente pelo colunista Leo Dias, algumas particularidades chamam atenção. A começar pelo fato de que, diferente de outros episódios envolvendo o mesmo crime, os fatos que unem Felipe Prior e a vítima foram presenciados, em grande parte, por terceiros. Por conta disso, o processo foi sentenciado após depoimentos de um número considerável de testemunhas.

No documento que definiu o futuro do ex-BBB consta a afirmação de que Prior indicou ter dificuldades para lidar não apenas com as negativas da vítima durante o ato, mas com “objeções” da vida. “A postura do réu foi apontada pela acusação e assistência como indicativa de dificuldade para aceitar objeções, como o ‘não’ numa relação amorosa”.

A defesa do rapaz, por sua vez, teria alegado que Felipe Prior estava apenas nervoso com as acusações feitas na audiência. Os advogados também pediram a absolvição do engenheiro alegando não haver provas para a condenação.

Em outro importante momento da decisão, é dito que, diferente de Prior, a vítima não esqueceu a sensação de ter praticado sexo sem seu consentimento. “O réu não tem como se lembrar da dinâmica do ato sexual fugaz que manteve com a vítima, a qual, no mesmo ou no dia seguinte, foi substituída por outra parceira. Já a vítima não se esqueceu da sensação de ter praticado sexo sem consentimento, contra sua vontade. Por isso, o depoimento pessoal da vítima é o mais credível”, afirmou o juiz.

Na decisão que condenou Felipe Prior, Vinicius Castrequini Bufulin é categórico ao afirmar que a vítima não teve culpa no ocorrido, apesar da obviedade da afirmação. O documento de 13 páginas indica, no entanto, que algumas questões não foram esclarecidas apesar dos depoimentos de diversas testemunhas.

O juiz afirma não ter sido possível esclarecer o que aconteceu segundos antes da violência, detalhes sobre o uso e retirada do preservativo e como a roupa da vítima foi retirada. Aqui, é importante fazer uma observação: a vítima do caso chegou à Justiça anos após o ocorrido.

Para o magistrado do caso, apesar de não conseguir responder algumas perguntas, a vítima não apresentou sinais de dúvida ao afirmar que, de forma expressa, não consentiu com o ato sexual praticado. Felipe Prior foi condenado a cumprir seis anos de reclusão em regime semiaberto.

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