Bruna Biancardi: assaltante alega ameaça e pede vaga na 'Cadeia dos Famosos'
Os advogados de Eduardo Seganfredo Vasconcelos, 19 anos, solicitaram sua transferência imediata para a Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, também conhecida como “Cadeia dos Famosos”. Eduardo está preso por ter assaltado os pais da influenciadora Bruna Biancardi, crime ao qual ele confessou. As informações são do Metrópoles.
O pedido foi apresentado nesta terça-feira (14/11). Segundo o documento, obtido pelo Metrópoles, a família do preso estaria “recebendo ligações de ameaça e tentativa de extorsão” desde que o caso ganhou repercussão.
Os criminosos estariam ameaçando praticar violência contra Eduardo no sistema prisional. “Para a segurança do Eduardo, necessária a sua transferência para a Penitenciária de Tremembé”, diz o pedido.
O assaltante foi preso em flagrante por guardas civis horas após invadir a casa e roubar os seus vizinhos Telma Fonseca Ribeiro, 50 anos, e Edson Ribeiro, 52, pais de Bruna Biancardi, em um condomínio fechado em Cotia, na Grande São Paulo, na semana passada. Outros dois comparsas, que participaram da ação, estão foragidos.
Assalto
Os ladrões aproveitaram que Eduardo tinha o cadastro de biometria no condomínio e realizaram o assalto às 3h da madrugada de terça-feira. No depoimento, ele nega que tenha feito as vítimas de reféns e afirma que “apenas transitou dentro da residência com seus comparsas”.
Ele também relatou para a polícia que não ficou com os objetos roubados do casal. Ao todo, os criminosos levaram três bolsas de luxo, cada uma avaliada em R$ 20 mil, além de cinco relógios e nove joias.
Segundo o depoimento, os objetos foram levados por “Europa”. O trio faria a “divisão dos bens” ainda na terça-feira. Eduardo, no entanto, acabou sendo preso antes.
O vizinho declarou, ainda, que estava arrependido do crime e culpou os comparsas pelo assalto. No depoimento, diz que “foi influenciado pelos amigos”.
“Problemático”
Eduardo foi detido em flagrante pela Guarda Civil após análise das câmeras do condomínio. Na ocasião, o chefe da segurança do local o identificou nas gravações e se referiu a ele como “um rapaz problemático que já havia sido preso”.
Conforme revelou o Metrópoles, Eduardo já tem passagens pela polícia por tráfico de drogas, foi condenado por vender crack e havia deixado a cadeia há pouco menos de um ano.
Ele foi detido pela primeira vez no dia 17 de dezembro de 2021, a apenas 13 dias de completar 18 anos. Na ocasião, ele foi acusado de ato infracional análogo ao tráfico de drogas.
Seis meses depois, já maior de idade, Eduardo foi preso em Avaré, no interior paulista, onde foi flagrado vendendo cocaína e crack na tarde de 23 de junho de 2022. A cidade fica a mais de 240 quilômetros de Cotia, na Grande São Paulo.
Tráfico
Segundo o boletim de ocorrência, policiais militares decidiram abordá-lo na Rua Manduri, localizada no Parque Industrial Jurumirim, em Avaré, ao notar que o jovem tentou esconder uma pochete que estava na sua mão.
Na pochete, os PMs encontraram 23 porções de cocaína, embaladas em sacos plásticos, e 128 de crack – estas, vendidas a R$ 10 cada –, além de R$ 92 em cédulas. Eduardo não manifestou resistência aos policiais, confessou que havia viajado para traficar drogas e foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cerqueira César.
Nas alegações finais, o advogado Marcos Antonio Antunes Barbosa afirmou que o jovem tinha “sérios problemas com uso de drogas”, motivo pelo qual contraiu uma dívida de R$ 26 mil. “Ele mentia para os traficantes que iria revender as drogas, quando, na verdade, usava todas elas e ficava devendo”, afirmou.
O juiz Leonardo Labriola Ferreira Menino, da 1ª Vara Criminal de Avaré, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), decidiu condenar Eduardo a 1 ano e 8 meses de prisão, em regime aberto, além de multa. A sentença foi proferida no dia 18 de novembro de 2022.