Turbulência política no Parnahyba afeta preparativos para o Campeonato Piauiense 2024
A dois meses do início do Campeonato Piauiense, o Parnahyba enfrenta uma crise política que impacta diretamente o planejamento do clube para a próxima temporada. Após a eliminação na Série D do Campeonato Brasileiro, o Conselho Deliberativo dividiu-se, resultando em duas alas que disputam a presidência do Azulino.
De acordo com o regulamento do clube, o mandato de Eureliano Barros como presidente do Parnahyba e dos conselheiros membros do Conselho Deliberativo deveria encerrar-se ao final deste ano, com duração de dois anos. No entanto, o presidente do Conselho Deliberativo (CODE), Casé Neves, junto a parte dos conselheiros, prorrogou o mandato de Eureliano e do próprio CODE por mais um ano, alegando falta de quórum para uma nova eleição devido ao número significativo de sócios inadimplentes.
Uma facção dissidente do CODE optou por se desvincular do conselho original e promoveu uma reorganização. Modificando o estatuto do clube, anistiaram as dívidas dos sócios inadimplentes e realizaram uma nova eleição para formar o CODE, elegendo João Medeiros Júnior, Robson Sousa e Maksuel Brandão como presidente, vice e secretário geral, respectivamente. Este novo Conselho conduziu uma eleição para a presidência do clube, escolhendo o médico e político Paulo Eudes para liderar o Tubarão nos próximos três anos, de 2024 a 2026.
Entretanto, a gestão anterior considerou a mudança no estatuto e a eleição do novo presidente como ilegais. O presidente do Conselho, Casé Neves, publicou um ato administrativo cancelando as eleições, levando a questão aos tribunais. O atual presidente do clube, Eureliano Barros, e Casé Neves argumentam que não há sócios suficientes para realizar uma eleição, buscando adiar os mandatos por mais um ano.
No meio desse imbróglio, o Parnahyba enfrenta a incerteza de não ter um treinador definido para 2024. Apesar disso, o clube tem a data de estreia na próxima temporada agendada para o dia 14 de janeiro, às 16h, contra o Fluminense-PI, no estádio Pedro Alelaf, no litoral. O futuro do Tubarão dentro de campo permanece envolto em dúvidas diante dos desafios políticos que afetam a estabilidade interna do clube.
Fonte: ge