Obstáculos -

Ronaldo Fenômeno desiste de candidatura à presidência da CBF após rejeição das federações

Ronaldo Fenômeno, após anunciar publicamente sua intenção de concorrer à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), decidiu retirar sua candidatura. O ex-jogador revelou, por meio de suas redes sociais, que 23 das 27 federações estaduais de futebol se recusaram a se reunir com ele, inviabilizando sua campanha.  

Foto: Reprodução/ InstagramRonaldo
Ronaldo

Além da rejeição das federações, um conflito de interesse também contribuiu para o fim de suas aspirações. Ronaldo possui um contrato que garante o recebimento de R$ 27,5 milhões anuais do Cruzeiro (MG) até 2035, referente à venda do clube. Esse vínculo financeiro com a equipe mineira foi considerado um obstáculo para sua candidatura, já que o estatuto da CBF proíbe que o presidente da entidade mantenha ligações com qualquer time.  

Cláusula de barreira

Para se candidatar oficialmente à presidência da CBF, é necessário o apoio de pelo menos quatro federações e quatro clubes. Ronaldo não conseguiu atingir esse requisito, conhecido como cláusula de barreira. Segundo uma fonte próxima à Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), o presidente Daniel Vasconcelos foi um dos que recusaram o convite do ex-jogador. Além disso, as federações de Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro também não apoiaram sua candidatura.  

Conflito de interesse  

Documentos da Junta Comercial mostram que Ronaldo é credor fiduciário na venda do Cruzeiro, realizada em abril de 2024, mas concluída apenas em julho do mesmo ano. O acordo prevê que ele receba 11 parcelas anuais de R$ 27,5 milhões até 2035. Caso haja atraso em algum pagamento, Ronaldo tem o direito de retomar o controle societário do clube. Essa situação foi considerada incompatível com as regras da CBF, que exigem isenção total de vínculos clubísticos.  

Em sua declaração, Ronaldo afirmou:  

"Depois de declarar publicamente o meu desejo de me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito, retiro aqui, oficialmente, a minha intenção. Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião."  

Ele ainda destacou que seu objetivo era promover diálogo e transparência, mas encontrou resistência das federações:  
"No meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo."

Próximos passos 

O próximo pleito para a presidência da CBF ocorrerá apenas em 2026. Atualmente, Ednaldo Rodrigues ocupa o cargo, e seu mandato segue até março daquele ano.

Fonte: Metrópoles

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