Insatisfação com a entidade -

Presidente do Palmeiras não comparece ao sorteio da Libertadores em protesto contra racismo

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, decidiu não comparecer ao sorteio dos grupos da Copa Libertadores, realizado nesta segunda-feira (17/03) em Luque, no Paraguai. A ausência foi uma forma de protesto contra o racismo sofrido pelo jogador Luighi, atleta do clube alviverde. Leila criticou a postura da Conmebol em relação ao caso.

Foto: Fabio Menotti/SE PalmeirasFoto
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Anteriormente, a dirigente já havia manifestado insatisfação com a entidade. Ela chegou a sugerir que os clubes brasileiros deixassem a federação sul-americana e se filiassem à Concacaf, que reúne equipes da América do Norte, Central e do Caribe.  

“Precisamos adotar medidas firmes em relação à Conmebol. O Brasil representa 60% da receita da confederação, mas os clubes brasileiros são tratados dessa maneira. Vou propor uma reflexão: já que a Conmebol não consegue coibir esse tipo de crime nem valorizar os clubes brasileiros como merecem, por que não pensarmos em nos filiar à Concacaf?”, questionou Leila.  

O Palmeiras venceu o Cerro Porteño por 3 a 0 na Libertadores Sub-20, durante a segunda rodada da fase de grupos. Torcedores do Cerro, incluindo um adulto com uma criança no colo, fizeram gestos racistas, imitando macacos, e cuspiram na direção de Luighi e Figueiredo.  

“O que fizeram comigo é crime. Não vão questionar isso?”, desabafou Luighi, chorando durante uma entrevista.  

Em nota, clubes rivais do Palmeiras e a CBF pediram punições rigorosas contra os responsáveis pelos atos racistas. A Conmebol afirmou que “medidas disciplinares apropriadas serão implementadas”.  

Vini Jr., do Real Madrid, conhecido por suas denúncias contra o racismo, manifestou apoio ao jovem de 18 anos. Em coletiva, Leila Pereira exigiu a exclusão do Cerro Porteño de todas as competições organizadas pela Conmebol.  

O Cerro Porteño emitiu uma carta de desculpas, mas a multa aplicada pela Conmebol foi considerada branda por Leila e pela CBF.  

A presidente do Palmeiras tem adotado uma postura firme contra a Conmebol, prometendo ações drásticas em resposta aos recentes episódios de racismo na Libertadores Sub-20.  

Fonte: Metrópoles

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