
PF vai investigar elo de Bruno Henrique com apostas em cavalos
A Polícia Federal (PF) investiga o atacante do Flamengo, Bruno Henrique, por suposto envolvimento em um esquema ilegal de apostas em corridas de cavalos e manipulação de resultados esportivos. Segundo informações obtidas pelo Metrópoles, o jogador e seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, teriam apostado em turfe, modalidade não autorizada no Brasil. Mensagens encontradas no celular do irmão mostram conversas em que Bruno Henrique solicita dinheiro via Pix para apostas e demonstra preocupação com o uso de nomes semelhantes, indicando tentativa de ocultar o envolvimento.

Além das apostas em turfe, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou o jogador por manipulação de resultado, estelionato consumado e tentativa de estelionato. De acordo com a denúncia, Bruno Henrique teria combinado com o irmão a aplicação intencional de um cartão amarelo durante a partida entre Flamengo e Santos, em 1º de novembro de 2023. A informação foi repassada a apostadores, que fizeram apostas direcionadas ao cartão amarelo — o que efetivamente aconteceu nos minutos finais do jogo.
A investigação da PF e a análise do MP revelaram que mais de 95% das apostas no mercado de cartões daquela partida estavam concentradas na punição a Bruno Henrique. Além disso, as contas utilizadas para as apostas eram recém-criadas ou destoavam dos padrões anteriores dos usuários, o que reforça a suspeita de fraude organizada. O MP pede ainda uma reparação de R$ 2 milhões por danos causados às plataformas de apostas envolvidas.
Em nota, a defesa do jogador afirmou que a denúncia é “insubsistente e aproveitadora”, apontando o “coincidente” momento de sua divulgação — no mesmo dia da lista dos convocados para o Super Mundial de Clubes da FIFA, da qual Bruno Henrique faz parte. Os advogados prometem rebater tecnicamente as acusações no processo, afirmando que o atleta jamais participou de qualquer esquema de manipulação de resultados ou aposta ilegal.