
"Macaquinhos'' mulher é presa durante jogo de futebol em SP por insultos racistas
Na última sexta-feira (31/01), uma mulher de nacionalidade paraguaia foi presa preventivamente após cometer injúria racial contra crianças durante uma partida de futebol em Mirandópolis, no interior de São Paulo. Durante o jogo, a mulher chamou os jovens jogadores brasileiros, torcedores e membros da comissão técnica de “macaquitos” e fez gestos imitando macacos.
O incidente ocorreu no Estádio Municipal Ary de Carvalho, durante uma partida válida pela Copa Sul-Americana da Paz, entre as equipes YL Sports, de Marília (SP), e o Auri Azul, do Paraguai, na categoria sub-11. A disputa era pela medalha de bronze.
Diante da situação, o time YL Sports, ao perceber as atitudes racistas da torcedora, solicitou imediatamente a suspensão da partida. Os representantes do clube também registraram um boletim de ocorrência na delegacia de Lavínia, no interior paulista.
Em um comunicado nas redes sociais, o clube brasileiro se manifestou neste domingo (02/02):
“O Projeto YL SPORTS vem lamentavelmente informar que durante a disputa pelo bronze na categoria sub-11, nossos atletas, comissão e torcedores foram alvos de insultos racistas, vindos de uma torcedora paraguaia. Prontamente pedimos a paralisação e encerramento da partida, momentos depois registramos um Boletim de Ocorrência contra a mesma, que foi presa em flagrante. Não mediremos esforços para acabarmos com esse CRIME e iremos até as últimas instâncias para defendermos todos do projeto que sentiram-se humilhados e coagidos com a situação. Informamos ainda que o advogado do projeto foi acionado para darmos andamento em todos os trâmites legais”.
A mulher foi presa em flagrante e, após audiência de custódia, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) solicitou sua prisão preventiva, o que foi aceito pelo Judiciário. A decisão foi baseada na gravidade do crime, na condição das vítimas, que eram crianças, e no risco de impunidade caso a mulher retornasse ao Paraguai.
O caso foi registrado como racismo e a mulher permanece presa preventivamente enquanto as investigações seguem.
Fonte: Metrópoles