Incêndio no Ninho do Urubu, que matou 10 jovens, completa cinco anos sem condenações
Há cinco anos, em 8 de fevereiro, um trágico incêndio no alojamento da base do Flamengo, no Ninho do Urubu, no Rio de Janeiro, resultou na morte de dez jovens atletas, enquanto outros 16 sobreviveram. Com informações do SBT News.
Até o momento, 11 pessoas foram acusadas pela tragédia, com três absolvições e oito aguardando julgamento, sem que ninguém tenha sido condenado até o presente momento.
Os jovens que perderam suas vidas no incêndio, com idades entre 14 e 16 anos, foram: Athila Paixão, Arthur Vinícius, Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Gedson Santos, Jorge Eduardo Santos, Pablo Henrique Matos, Rykelmo de Souza, Samuel Thomas e Vitor Isaías.
No que diz respeito às compensações às famílias das vítimas, apenas uma ainda não chegou a um acordo indenizatório com o clube. Em 2 de dezembro de 2021, a família do goleiro Christian Esmério, uma das vítimas, moveu um processo contra o Flamengo na 33ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, buscando uma indenização de R$ 8,4 milhões. O processo está em andamento, com o clube anexando novos documentos e aguardando julgamento.
Dos sobreviventes, apenas dois permanecem ativos no time: o goleiro Francisco Dyogo e o volante Rayan Lucas. Jhonata Ventura, que sofreu ferimentos graves, teve que encerrar sua carreira como atleta devido às sequelas do incêndio, tornando-se funcionário do clube em setembro de 2023, integrando atualmente a equipe de scout da base.
O incêndio, ocorrido por volta das 5 da manhã de 8 de fevereiro de 2019, é atribuído à hipótese de um curto-circuito no ar condicionado do local, que afetou o alojamento utilizado pelas categorias de base do clube, composto por seis contêineres interligados.
Dos inicialmente denunciados, três foram absolvidos, incluindo Marcus Vinicius Medeiros, trabalhador do Ninho do Urubu, e Carlos Noval e Luiz Felipe Pondé, respectivamente diretor da base do Flamengo e engenheiro, que foram excluídos do processo. Os outros oito réus ainda enfrentam acusações de incêndio culposo qualificado, com casos de morte e lesão grave.
O ex-presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, emitiu uma nota sobre o caso, destacando a gravidade da tragédia e a necessidade de transparência na apuração dos fatos e na responsabilização do clube diante da sociedade.
Fonte: SBT News