Mudando a didática -

Escola do Piauí aposta em projeto de leitura e desempenho na alfabetização melhora

A Escola Municipal Casa Meio Norte, em Teresina, no Piauí, desenvolveu o projeto Borboleta, que incentiva a leitura e o aprendizado. A iniciativa começou depois que as professoras prestaram atenção no modo como as crianças tinham contato com os livros. Mudando a didática, os estudantes passaram a ler cerca de 30 livros por mês.

Dentro do projeto existe o caso da “coreografia da escrita”. A diretora pedagógica da escola, professora Ruthineia Vieira Lima, conta que o termo apareceu pela primeira vez em uma conversa com uma das alunas em fase de alfabetização na tentativa de expressar como percebia a formação e a articulação das palavras durante a leitura.

“Tia, quando eu comecei a ler, eu percebi que o que de fato acontece é que, às vezes, faz uma coreografia dentro de uma palavra. E é verdade, a mudança de letra de um lugar para o outro, dentro de uma palavra, muda completamente seu sentido. Se eu botar a palavra ‘ala’ e acrescentar P vai dar pala, se eu botar o C vai dar cala, que é de calar”, disse a estudante para a professora.

A docente explica o motivo do projeto chamar Borboleta. “Essa nossa trajetória é o que chamamos de uma consistência pedagógica. Daí, esse nome projeto Borboleta, porque a gente passou muito tempo no casulo buscando a solução, amadurecendo, fortalecendo nossas asas para voar”.

Na prática, as professoras experimentaram dividir os alunos em pequenos grupos:

• borboletas: os alunos que ainda não sabiam ler;
• andorinhas: capazes de juntar uma letra com a outra, mas ainda sem interpretá-las; 
• gansos: os que conseguiam ler um pouco mais; 
• águias: os pequenos leitores fluentes.

A estratégia foi apostar na maior oferta de livros e nos momentos de leitura com os alunos para que aprendessem com o sentido das palavras e escutassem seus sons.

“Não é a letra pela letra, a sílaba pela sílaba, mas construindo um saber significativo. Isso dá para nós os elementos de que essa criança já está, com certeza, construindo todos os processos de leitura, de significado, de sentido”, afirmou a professora.

Fonte: Ministério da Educação

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