A Prefeitura de Teresina enfrenta uma crise financeira significativa, com uma dívida que ultrapassa R$ 3 bilhões, colocando em risco a estabilidade econômica do município. Diante desse cenário, o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), Kennedy Barros, alertou sobre a necessidade de rigorosos critérios técnicos para a solicitação de novos empréstimos.

Segundo Barros, qualquer operação de crédito deve ser precedida de uma avaliação detalhada, incluindo a definição do objetivo do empréstimo, prazos de pagamento e impacto para os cofres públicos. Atualmente, Teresina possui nota C no regime de crédito, o que dificulta a obtenção de juros mais baixos, tornando os financiamentos ainda mais onerosos.

Foto: Prefeitura de Teresina

A situação fiscal do município é preocupante. Além da dívida principal, há pendências significativas como:

R$ 500 milhões em débitos com o Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Teresina (IPMT).

R$ 100 milhões em dívidas da Fundação Municipal de Saúde (FMS).

R$ 400 milhões em empenhos cancelados, impactando fornecedores, obras e serviços.

O TCE-PI analisa cerca de 3 mil processos relacionados à gestão fiscal da cidade, buscando esclarecer irregularidades e apontar caminhos para um equilíbrio financeiro sustentável. Barros reforçou que o município já ultrapassou sua capacidade de endividamento e que déficits acumulados comprometem recursos previstos para 2025 e 2026, afetando diretamente investimentos em áreas essenciais.

Diante desse cenário, especialistas recomendam que a prefeitura busque alternativas para reduzir encargos financeiros e garanta a continuidade de serviços públicos fundamentais. Enquanto isso, a população acompanha de perto os desdobramentos dessa crise, esperando medidas concretas para sanar os problemas que comprometem o desenvolvimento da capital piauiense.