
Nos Estados Unidos, dirigentes do Fed cogitam parar de subir juros em junho
Durante a divulgação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), responsável por definir a taxa de juros nos Estados Unidos, foi revelado que parte dos dirigentes encarregados da política monetária do Fed começou a considerar a possibilidade de interromper o ciclo de aumentos das taxas de juros a partir da próxima reunião, agendada para o mês de junho. Com informações do Metrópoles.

O debate sobre essa questão foi detalhado na ata, que registra as discussões ocorridas durante a reunião do FOMC realizada nos dias 2 e 3 de maio. Os membros do comitê avaliaram diferentes perspectivas e argumentos em relação à necessidade de continuar elevando as taxas de juros, levando em consideração os dados econômicos e os objetivos de estabilidade e crescimento sustentável. Essa avaliação resultou na cogitação de uma pausa nas altas de juros.
Desde o ano passado, o Fed promoveu dez altas consecutivas na taxa de juros. O patamar atual é o maior desde agosto de 2007.
A ata da última reunião aponta que os membros do Fomc estavam divididos sobre o que fazer a partir do próximo mês. Enquanto parte dos membros defendeu uma nova alta devido à desinflação vista como “lenta”, outra parte destacou que há uma expectativa de desaceleração na economia americana no segundo semestre, o que removeria a necessidade de intensificar o aperto monetário.
Pausa é defendida por “vários” membros
A ata do Fomc não deu detalhes sobre quantos dos membros defendem cada ponto, mas o comunicado informou que “vários” teriam pontuado que “maior aperto monetário após esta reunião talvez não seja necessário”. Enquanto isso, no termo usado na ata, “alguns” teriam pontuado a necessidade de seguir em trajetória de aperto monetário para garantir uma desinflação mais rapidamente.
Chamou atenção de analistas de mercado nesta quarta-feira o fato de que o texto pode ter dado a entender de que há uma maioria no Fomc de acordo com uma possível pausa no aperto monetário. Novos dados macroeconômicos divulgados nos próximos dias devem ajudar a embasar a decisão dos membros até a próxima reunião, marcada para 13 e 14 de junho.