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Fed reduz juros em 0,50 pp, enquanto Brasil inicia ciclo de alta de 0,25 pp na Selic

Nos últimos meses, diversos bancos centrais, como o Federal Reserve (Fed), o Banco Central Europeu e o Banco da Inglaterra, tomaram decisões sobre a taxa de juros, com políticas de flexibilização sendo adotadas para enfrentar desafios econômicos. Com informações de Blog do IBRE.

Nos Estados Unidos, o Fed reduziu a taxa de juros em 0,50 ponto percentual (pp) em setembro, com grande apoio entre os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC). As expectativas são de novos cortes ainda este ano, embora em um ritmo moderado, com projeções indicando a possibilidade de dois cortes de 0,25 pp cada. O presidente do Fed, Jerome Powell, destacou que as futuras decisões dependerão da evolução dos dados econômicos.

Foto: © Marcello Casal JrAgência BrasilMercado eleva para 2,46% projeção de expansão da economia em 2024

Na Área do Euro, o Banco Central Europeu também cortou a taxa de juros, embora os próximos cortes sejam esperados de forma mais moderada, em razão da inflação de serviços, que permanece elevada. No Reino Unido, o Banco da Inglaterra manteve os juros em 5%, mas sinalizou a intenção de um novo corte na reunião de novembro, dada a fraqueza da economia.

Apesar das políticas de flexibilização monetária nos países desenvolvidos, como os EUA, que contribuem para um cenário mais favorável para os mercados emergentes, o Brasil adotou uma abordagem contrária. Em setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou um novo ciclo de aumento de juros, elevando a Selic em 0,25 pp. O diagnóstico é que a economia brasileira precisa de uma política monetária mais restritiva, devido à resiliência da atividade econômica, pressões no mercado de trabalho e projeções de inflação acima da meta.

O Brasil, portanto, segue um caminho diferente em relação aos seus vizinhos latino-americanos, que se alinham mais com a política monetária dos EUA, com o México, por exemplo, mantendo cortes de juros para estimular a economia. Já no Brasil, o Copom projeta que a Selic precisará subir para 11,50% para trazer a inflação para a meta de 3,5% até 2026, refletindo um cenário de inflação elevada.

Apesar disso, o Brasil deve terminar o ano com um crescimento do PIB de 2,9%, superando as expectativas iniciais, com destaque para o crescimento do consumo das famílias.

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