com dados do IBGE -

Empurrado pelo agro, o PIB do Brasil cresceu 1,9% no primeiro trimestre de 2023

Entenda por que o agro foi o grande destaque do PIB do primeiro trimestre e como resultado fez analistas revisarem suas projeções para o crescimento da economia.

Shein começa a operar com fábricas exclusivas no Brasil e diz que peças feitas aqui podem ser até mais baratas que as da China e outros destaques do mercado nesta sexta-feira (2). .
PIB 2023

Empurrado pelo agro, o PIB do Brasil cresceu 1,9% no primeiro trimestre de 2023 na comparação com os três meses anteriores, de acordo com dados do IBGE divulgados nesta quinta (1º).

Foto: Daniel Ferreira/MetrópolesDéficit do setor público em fevereiro é de R$ 26 bilhões; dívida vai a 73% do PIB
Empurrado pelo agro, o PIB do Brasil cresceu 1,9% no primeiro trimestre de 2023

Em números: o resultado veio bem acima da projeção dos analistas, cuja mediana era de 1,3%. O avanço também foi maior que o registrado por muitos outros países, veja aqui o ranking.

A surpresa fez as casas do mercado revisarem suas contas para o crescimento da economia no ano para mais perto dos 2% do que do 1%.

Há gente mais otimista, como o Goldman Sachs, que projeta alta de 2,6%.

Como lembra o colunista Vinicius Torres Freire, mesmo que o crescimento dos próximos trimestres seja zero, o PIB de 2023 terá crescido 2,4% graças ao empurrão dos três primeiros meses do ano.

Três pontos para entender o PIB do 1º tri:

1. Agro: o setor avançou 21,6% na comparação com o trimestre anterior. Só essa alta foi responsável por 80% do crescimento do PIB no período.
O que explica: este ano deve ser de safra recorde no país, depois dos problemas climáticos de 2022. A soja, que impediu a alta do indicador no ano passado, lidera a evolução neste, analisa o colunista Mauro Zafalon.

2. Serviços: o principal na parte da oferta e o maior empregador do país também deu uma forcinha, com crescimento de 0,6%.
O que explica: mais uma vez o agro, segundo analistas. As maiores altas foram nos setores de transportes e atividades financeiras, que têm reflexo do campo.

3. Consumo das famílias: o principal da parte da demanda avançou 0,2% -alta menor que no tri anterior-, enquanto os investimentos produtivos caíram 3,4%.
O que explica: os resultados são efeitos dos juros altos na economia, que retraem o ímpeto para despesas das pessoas e das empresas.

SHEIN: PEÇAS "MADE IN BRAZIL" NÃO SERÃO MAIS CARAS

A peça de roupa fabricada no Brasil pela Shein pode custar o mesmo ou ser até mais barata que a peça de roupa importada da China hoje.

A afirmação foi feita à Folha pelo sócio da empresa, o boliviano Marcelo Claure, que cuida das operações da varejista de moda online no Brasil e na América Latina.

Ele afirma que as primeiras fábricas montadas no país mostram que os custos mais altos de fabricação por aqui, incluindo os impostos, são compensados pela economia que a empresa tem com logística, considerando o gasto para trazer as peças da China.

Em números: a Shein já tem 151 fábricas trabalhando com exclusividade para ela. A ideia é chegar a 2.000 em até três anos, quando a empresa espera que 85% das vendas no país sejam feitas de produtos fabricados aqui ou de vendedores brasileiros.

O prazo foi citado pela Shein em abril, quando prometeu ao governo investir R$ 750 milhões no período.

O anúncio veio após o governo recuar da medida que taxava as compras internacionais de até US$ 50 entre pessoas físicas. Os rivais brasileiros afirmam que as varejistas asiáticas usam essa brecha para escapar do imposto.

Entenda: a Shein costuma trabalhar com vários fabricantes parceiros, que são conectados ao seu algoritmo -considerado como o grande diferencial em relação às concorrentes.

O segredo está em sua IA (inteligência artificial), que faz testes no aplicativo com 100 a 200 peças por modelo.

Se a demanda por determinado produto se mostra aquecida, o robô capta a tendência, envia para o fabricante e a produção é escalada. Isso evita gastos com estoque de peças encalhadas.

DÊ UMA PAUSA

A executiva que chegou a ser considerada como a "Steve Jobs de sua geração" começou a cumprir sua sentença de 11 anos de prisão na última terça (30), em uma prisão estadual do Texas.

Elizabeth Holmes, 39, foi condenada no ano passado por fraudar investidores de sua empresa, a Theranos, em centenas milhões de dólares.

Entenda: a proposta da startup de biotecnologia era a de revolucionar a maneira com que são feitos os exames de sangue, mas no fim das contas a empresa não tinha tecnologia para isso.

Além da privação de liberdade, a Justiça ordenou que Holmes pagasse US$ 452 milhões (cerca de R$ 2,4 bilhões) aos investidores fraudados.

De acordo com o Wall Street Journal, a maioria das mulheres presas em Bryan foi condenada por crimes de colarinho branco, delitos de drogas de baixa gravidade e por abrigar imigrantes ilegais.

A história de Holmes e de sua startup Theranos está no streaming, com uma série e um documentário:

"The Dropout": Amanda Seyfried vive o papel de Holmes durante seus anos de formação até sua empresa virar pó. Apesar do roteiro intrigante, a série simplifica a protagonista, opina Luciana Coelho. Disponível no Star+.

"A Inventora: À Procura de Sangue no Vale do Silício": a produção entrevista jornalistas que cobriram o caso e ex-funcionários da Theranos para tentar entender como Holmes conseguiu enganar tanta gente graúda e experiente. Disponível no HBO Max.

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