O dólar encerrou esta quarta-feira (12/2) com uma leve queda de 0,08%, cotado a R$ 5,76, atingindo seu nível mais baixo desde novembro. Durante o pregão, a moeda oscilou entre R$ 5,74 e R$ 5,78. Com esse desempenho, acumula uma desvalorização de 0,45% na semana e de 6,68% ao longo do ano. Já a Bolsa de Valores brasileira (B3) registrava, por volta das 17h, uma queda expressiva de 1,44%, alcançando 124.666 pontos.

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Especialistas apontam que a performance do câmbio e da Bolsa foi afetada pelos dados de inflação divulgados nesta quarta-feira nos Estados Unidos, que superaram as projeções do mercado. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou 0,5% em janeiro, acumulando alta de 3% nos últimos 12 meses, segundo o Bureau of Labor Statistics. O mercado esperava um aumento menor, de 0,3% no mês e 2,9% no período anual.

Diante desse resultado acima do esperado, analistas passaram a considerar uma interrupção no processo de redução dos juros nos EUA. Atualmente, a taxa de referência do Federal Reserve (Fed) está entre 4,25% e 4,50%. Além disso, cresce a preocupação no mercado com uma possível elevação dos juros americanos, o que poderia impactar ainda mais os investimentos globais.

A manutenção de taxas elevadas nos EUA torna os títulos da dívida americana, os Treasuries, mais atrativos para investidores, pois são considerados os mais seguros do mundo. Com um retorno maior, esses papéis atraem capital para o mercado americano, pressionando a cotação do dólar e reduzindo o interesse por investimentos em renda variável, como ações negociadas nas Bolsas de Valores.