Nesta segunda-feira (30/06), os mercados financeiros no Brasil apresentaram um desempenho notavelmente positivo. O dólar à vista caiu 0,91% em relação ao real, sendo cotado a R$ 5,43, o menor valor registrado desde setembro de 2024. Simultaneamente, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira (B3), disparou, subindo 1,45% e alcançando 138.854 pontos. Esse movimento nos ativos brasileiros acompanhou uma tendência global, onde a moeda americana perdeu valor em diversos mercados.

Nickolas Lobo, especialista em investimentos da Nomad, destacou que o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos, caiu 0,54% às 16h45, acumulando uma queda de 10,7% no ano. Ele observou que as bolsas americanas mantiveram um desempenho positivo pela quarta sessão consecutiva, com o S&P 500 e o Nasdaq subindo 0,3%, enquanto o Dow Jones avançou 0,4%.

Esse otimismo no mercado é impulsionado por fatores como a decisão do Canadá de eliminar impostos sobre serviços digitais, o que visa facilitar as negociações comerciais com os Estados Unidos. Além disso, os investidores estão atentos a possíveis acordos comerciais, especialmente com o prazo final das pausas tarifárias se aproximando.

No cenário interno, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostraram que foram criadas 148.992 novas vagas de emprego em maio, embora o número tenha ficado abaixo das expectativas do mercado, que era de cerca de 172 mil. A queda no salário médio de admissão para R$ 2.248,71 também sugere um possível desaquecimento do mercado, o que pode abrir espaço para cortes nas taxas de juros no Brasil, embora o Banco Central ainda não tenha sinalizado essa direção.