Economia -

Bolsa brasileira perde R$ 142 bilhões em 8 bias após "tarifaço" de Trump

Desde 2 de abril, quando o ex-presidente dos EUA Donald Trump impôs sobretaxas a aproximadamente 180 países, data que chamou de "Dia da Libertação", as empresas listadas na Bolsa brasileira (B3) tiveram uma redução de R$ 141,8 bilhões em valor de mercado até o fechamento do pregão de 10 de abril. Os dados foram compilados pela consultoria Elos Ayta.  

Foto: Hugo Barreto/MetrópolesBolsa de valores
Bolsa de valores

No início do período (02/04), o valor total das companhias na B3 era de R$ 4,22 trilhões, caindo para R$ 4,08 trilhões no dia 10.  

Petrobras lidera perdas  

"O principal impacto veio da Petrobras, responsável por mais de 50% do prejuízo total nesse intervalo", afirma Einar Rivero, sócio da Elos Ayta. "A petrolífera registrou uma queda de R$ 88,7 bilhões em seu valor de mercado, chegando a R$ 417,6 bilhões em apenas oito dias." Esse nível não era visto desde agosto de 2023, indicando uma forte desvalorização.  

A Vale ocupou o segundo lugar, com perdas de R$ 17,7 bilhões, fechando em R$ 225,3 bilhões. Em terceiro, a PetroRio viu seu valor diminuir R$ 5,5 bilhões, totalizando R$ 27 bilhões.  

Setores mais afetados  

Outras empresas estratégicas também foram impactadas:  
- Banco do Brasil: redução de R$ 4,5 bilhões  
- Gerdau: queda de quase R$ 3,5 bilhões  
- TIM: perda de R$ 2,6 bilhões  

Até companhias com desempenho positivo no início do ano, como Embraer e Santander Brasil, registraram ajustes significativos.  

Destaque negativo para o setor petrolífero 

As dez maiores perdas somaram R$ 133,5 bilhões (94% do total da B3). O segmento de petróleo foi o mais prejudicado, com Petrobras, PetroRio e Brava entre as empresas mais atingidas. A queda reflete a desvalorização do barril no mercado internacional, impulsionada pela desaceleração econômica global devido à guerra tarifária iniciada por Trump.  

Mercado em alerta

Rivero destaca que o momento é de cautela: "Os investidores estão reagindo a incertezas fiscais, aversão a riscos externos e perspectivas econômicas pouco claras. O recado é evidente: há uma pausa nos investimentos, com análise minuciosa de cada balanço, decisão política e sinal vindo do governo e do exterior".  

Fonte: Metrópoles

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