
Projeto de lei propõe que empresas adotem ações para promover saúde mental de funcionários
Está em análise na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 4479/24, que obriga empresas públicas e privadas com mais de 50 funcionários a implementar medidas voltadas à promoção da saúde mental no ambiente de trabalho. A proposta é de autoria do deputado Clodoaldo Magalhães (PV-PE).
O objetivo é combater fatores que contribuem para quadros como estresse, burnout e outras condições psicológicas. Segundo o parlamentar, práticas comuns como metas inalcançáveis, jornadas extenuantes e a ausência de suporte adequado têm impactado negativamente o bem-estar dos trabalhadores. “Esses ambientes comprometem a saúde, a produtividade e a qualidade de vida”, justifica Magalhães.
O que prevê o projeto
Entre as medidas que as empresas deverão adotar, estão:
- Sessões psicológicas gratuitas mensais para todos os funcionários;
- Campanhas de conscientização sobre saúde mental e combate ao estigma relacionado ao uso de serviços psicológicos;
- Políticas de prevenção e manejo de transtornos mentais ligados ao ambiente de trabalho;
- Treinamentos para lideranças e gestores, visando práticas saudáveis e inclusivas no dia a dia profissional;
- Horários flexíveis e jornadas reduzidas para funcionários com diagnóstico de transtornos mentais;
- Protocolos para crises psicológicas, com acesso imediato a profissionais de saúde mental;
- Canal confidencial de denúncias, para que os trabalhadores possam relatar problemas sem medo de retaliações.
Penalidades e fiscalização
Empresas que descumprirem as exigências poderão ser penalizadas com advertências, multas e até a suspensão de incentivos fiscais. A fiscalização e regulamentação da medida, caso seja aprovada, ficará sob responsabilidade dos ministérios do Trabalho e da Saúde.
O Brasil já conta com uma legislação que reconhece empresas comprometidas com o bem-estar psicológico, por meio do Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental.
Tramitação
A proposta será analisada de forma conclusiva pelas comissões de Administração e Serviço Público; Trabalho; Saúde; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania. Para se tornar lei, ainda precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.
Fonte: Agência Câmara de Notícias