Curso de Pedagogia da Uespi lança extensão para inclusão e combate ao capacitismo
A Universidade Estadual do Piauí (Uespi), por meio do Curso de Pedagogia do Campus Torquato Neto, em Teresina, está com inscrições abertas para o curso de extensão “Desconstruindo o Capacitismo: Caminhos para a Inclusão da Pessoa com Deficiência na Escola e na Universidade”. Com uma carga horária de 60 horas, o curso é destinado a acadêmicos de licenciatura e busca promover uma educação inclusiva e acessível e combater preconceitos e estigmas associados às pessoas com deficiência.
O curso terá início no dia 26 de setembro de 2024, com encontros realizados às terças-feiras, sempre às 19h, por meio da plataforma Google Meet. Ao longo das aulas, os participantes serão incentivados a refletir sobre o conceito de capacitismo e a identificar práticas e atitudes que excluem ou marginalizam pessoas com deficiência nos ambientes educacionais.
Segundo a professora e coordenadora do curso, Maria Goreti, o principal objetivo é “analisar as formas de apresentação do capacitismo na escola e ambiente universitário e promover ações anticapacitistas nesses espaços”. Ela enfatiza que a necessidade formativa na área da inclusão é evidente, especialmente para estudantes que já vivenciam o ambiente escolar como professores em formação. “Eles observam atitudes, palavras e expressões que refletem o capacitismo. É necessária uma formação que possibilite ao futuro docente desenvolver estratégias para desconstruir o capacitismo enraizado na escola, bem como na própria universidade”, explicou a docente.
O curso é organizado em módulos online, ministrados por especialistas na área de inclusão escolar, como professores, psicólogos e psicopedagogos. “A proposta é oferecer o suporte teórico e metodológico necessário para que os participantes possam reconhecer o capacitismo em suas várias formas e planejar práticas pedagógicas que fomentem a inclusão”, destaca a professora Maria Goreti.
Ela falou ainda que “o capacitismo é um dos principais obstáculos para a inclusão de pessoas com deficiência em ambientes escolares e universitários. Frequentemente, prevalecem concepções estigmatizantes que questionam a capacidade dessas pessoas de realizar tarefas ou tomar decisões de maneira autônoma e independente. Ela explicou que o termo capacitismo “se refere a atos de discriminação, preconceito ou opressão contra pessoas com deficiência”.
A inclusão de pessoas com deficiência nos ambientes escolares e universitários enfrenta diversos desafios, que vão além das questões estruturais e arquitetônicas. Segundo a professora Maria Gorete, o capacitismo se manifesta não apenas em barreiras físicas, mas também em atitudes e preconceitos que podem levar à exclusão desses indivíduos. Ela explica que os desafios são abrangentes e incluem a necessidade de um planejamento arquitetônico que considere a acessibilidade e a superação de preconceitos manifestados em expressões e atitudes discriminatórias. “Os desafios vão desde questões estruturais, como a falta de planejamento arquitetônico numa perspectiva inclusiva, até o enfrentamento ao preconceito que se traduz em expressões, atitudes e culmina na exclusão do sujeito”, afirma a professora.
O curso de extensão é direcionado a uma ampla gama de participantes, como estudantes de licenciatura, professores em exercício e a comunidade em geral. A proposta é envolver tanto futuros educadores quanto profissionais já atuantes na área da educação, além de qualquer pessoa interessada em promover práticas inclusivas e combater o capacitismo nos ambientes escolares e universitários.
Interessados podem se inscrever por meio do link: https://forms.gle/N2REN8CСХС2РС3Х56.
Fonte: Governo do Piauí