A nova aposta da Netflix, The Trunk, chegou para agradar os fãs do gênero mistério, com uma narrativa intrigante e cheia de reviravoltas. A série coreana, que segue a fórmula consagrada de intercalar passado, presente e futuro, promete prender a atenção do público ao longo de seus oito episódios, que misturam drama, mistério e romance.

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A trama acompanha dois protagonistas, Noh In-ji (Seo Hyun-jin) e Han Jeong-won (Gong Yoo), cujas vidas se entrelaçam de maneira inesperada. Noh é funcionária de uma empresa clandestina de casamentos arranjados, a New Marriage (NM), enquanto Han, após um doloroso divórcio com Lee Seo-yeon (Jung Yun-ha), se vê perdido em um vício em remédios. Quando Lee decide contratar a NM para garantir que ela e seu ex-marido se afastem, Noh é escolhida para ser esposa de Han.

O que começa como um simples casamento arranjado logo se complica, à medida que Noh e Han começam a revelar segredos um para o outro e, aos poucos, se apaixonam. Em paralelo, a série explora o passado de ambos, mostrando momentos da relação de Han e Lee, que culminou em seu fim, e também as motivações que levaram Noh a trabalhar na NM.

Além disso, o futuro também tem sua importância, com a aparição de uma misteriosa mala em forma de baú, encontrada à margem de um rio. A partir daí, uma investigação de assassinato se inicia, conectando ainda mais as vidas dos personagens.

Processo criativo e preparação

Em uma coletiva de imprensa, Seo Hyun-jin e Gong Yoo, protagonistas da série, compartilharam detalhes sobre o intenso processo de preparação para seus papéis. A atriz revelou que, em momentos de dúvida sobre sua personagem, recorria a Gong Yoo para entender melhor a perspectiva de Han Jeong-won, o que ajudava a dar mais profundidade às cenas do casal. Para o ator, a interação entre eles foi essencial para a química da série, um aspecto crucial em The Trunk, onde o relacionamento dos personagens é central para a trama.

Erros e acertos

The Trunk acerta ao equilibrar momentos de drama, mistério e romance, dando ênfase a cada um desses elementos em episódios específicos. Isso cria uma sensação de que o público está assistindo a várias séries dentro de uma só, o que pode ser interessante, mas também resulta em uma narrativa confusa em alguns momentos.

A alternância entre passado, presente e futuro, embora envolvente, falha em deixar claro em que período os eventos estão ocorrendo nos primeiros episódios, o que pode deixar o espectador um pouco perdido. No entanto, conforme a história avança, as peças do mistério vão se encaixando, tornando mais fácil compreender a direção da trama.

A ambiguidade das motivações dos personagens, especialmente de Lee Seo-yeon, também é um ponto positivo, pois contribui para o mistério e mantém o público desconfiado em relação a tudo e todos. A curiosidade em torno do assassinato e as motivações por trás dele mantêm o espectador interessado até o final.

No entanto, a série peca por ser um tanto lenta. Com episódios de cerca de uma hora, The Trunk pode parecer longa e densa, e os raros momentos de ação não conseguem compensar a lentidão da narrativa. Além disso, o final, embora tenha seus momentos de tensão, acaba sendo previsível diante das reviravoltas que a série oferece ao longo do caminho.