"Sem efeito" -

Trump contesta perdões de Biden, alega uso de autopen e questiona legalidade

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, utilizou a rede social Truth Social na segunda-feira (17/03) para contestar os perdões concedidos por Joe Biden nos últimos dias de seu mandato. Trump afirmou que os indultos são inválidos, pois Biden teria usado o "autopen", um dispositivo de assinatura automática, para formalizá-los. Apesar das alegações de Trump, os perdões continuam em vigor.

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"Os 'perdões' que o Joe Biden Sonolento concedeu ao Comitê Não Selecionado de Bandidos Políticos, e a muitos outros, são declarados nulos, inválidos e sem efeito, pois foram assinados pelo Autopen. Em outras palavras, Joe Biden não os assinou pessoalmente e, mais importante, ele não tinha conhecimento sobre eles. Os documentos necessários não foram explicados ou aprovados por Biden. Ele não sabia de nada, e aqueles que sabiam podem ter cometido um crime", escreveu Trump.

Ao mencionar o "Comitê Não Selecionado de Bandidos Políticos", Trump se referia aos perdões concedidos por Biden a membros da comissão do Congresso que investigou o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro. Biden justificou os indultos, afirmando que os investigados não mereciam "ser alvos de processos injustificados e politicamente motivados".

"Portanto, aqueles no Comitê Não Selecionado, que destruíram e apagaram todas as evidências obtidas durante sua Caça às Bruxas de dois anos contra mim e outras pessoas inocentes, devem entender que estão sujeitos a investigações no mais alto nível. Eles provavelmente foram responsáveis pelos documentos assinados em seu nome sem o conhecimento ou consentimento do Pior Presidente da História do nosso País, o Joe Biden Corrupto", declarou Trump.

Questionado por jornalistas, Trump admitiu que apenas o Judiciário poderia anular os perdões de Biden, mas manteve sua posição de que os indultos não foram validamente concedidos. "Não é minha decisão. Caberia a um tribunal, mas eu diria que são nulos e inválidos, pois tenho certeza de que Biden não sabia que isso estava acontecendo", afirmou.

Em seu último ato como presidente, Joe Biden concedeu perdões preventivos a investigadores da invasão ao Capitólio, ao médico Anthony Fauci e ao general aposentado Mark Milley. Analistas interpretam a medida como uma tentativa de proteger essas figuras de possíveis retaliações em um eventual novo governo Trump. Entre os beneficiados estão também dois ex-deputados republicanos críticos de Trump, Liz Cheney e Adam Kinzinger.

"A emissão desses perdões não deve ser vista como um reconhecimento de que qualquer indivíduo cometeu irregularidades, nem sua aceitação como uma admissão de culpa. Nossa nação deve gratidão a esses servidores públicos por seu compromisso incansável com o país", declarou Biden.

Anthony Fauci foi perdoado após liderar a resposta dos EUA à pandemia de Covid-19, o que gerou atritos com Trump. Mark Milley, ex-chefe do Estado-Maior Conjunto, chamou Trump de fascista e investigou sua conduta durante o ataque ao Capitólio. Biden também concedeu perdões a membros de sua família, incluindo seu filho Hunter, por porte ilegal de arma e uso de drogas.

"Minha família tem sido alvo de ataques e ameaças incessantes, motivados por política partidária. Infelizmente, não acredito que esses ataques cessarão. A concessão desses perdões não deve ser interpretada como um reconhecimento de irregularidades, nem sua aceitação como uma admissão de culpa", explicou Biden.

Fonte: Metrópoles

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