Trump ameniza tom, derruba dólar e traz algum alívio ao governo Lula
A duas semanas da posse de Donald Trump para um segundo mandato como presidente dos Estados Unidos, o dólar apresentou queda de 1,1% nesta segunda-feira (06/01), encerrando o dia cotado a R$ 6,11. A moeda norte-americana chegou a atingir a mínima de R$ 6,09 durante o pregão, trazendo alívio ao mercado brasileiro. As informações são do Metrópoles.
A baixa reflete uma mudança no discurso econômico do novo governo Trump, que, segundo o The Washington Post, estuda aplicar tarifas de importação apenas em setores críticos, como defesa, energia e suprimentos médicos. Essa abordagem contrasta com as ameaças feitas durante a campanha presidencial de 2024, quando o republicano defendeu tarifas "universais" de até 20% sobre todos os produtos importados.
A perspectiva de tarifas mais direcionadas amenizou preocupações globais sobre guerras comerciais e inflação nos Estados Unidos, favorecendo moedas de mercados emergentes, como o real. A recente valorização do dólar vinha pressionando o governo Lula, especialmente após a moeda superar a marca de R$ 6 no final de 2024.
Trump, que assume o cargo oficialmente em 20/01, teve sua vitória certificada pelo Congresso dos Estados Unidos nesta segunda-feira. Durante sua campanha, ele defendeu tarifas como um mecanismo para reduzir a dívida pública norte-americana e reforçou essa posição em recentes publicações.
O mercado financeiro também está atento à divulgação de novos indicadores econômicos dos EUA, especialmente os dados de emprego que serão anunciados na próxima sexta-feira (10/01). Esses números podem influenciar as decisões de política monetária, como possíveis ajustes nas taxas de juros.