
Toffoli frustra ex-tesoureiro de Alckmin, acusado de operar caixa dois, em decisão judicial
Na quinta-feira (4/7), o ministro Dias Toffoli, do STF, rejeitou um pedido para suspender uma ação de improbidade administrativa contra Marcos Antônio Monteiro, ex-tesoureiro da campanha do vice-presidente Geraldo Alckmin ao governo de São Paulo em 2014. A ação, que tramita na 13ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, investiga supostos repasses de caixa dois da Odebrecht à campanha de Alckmin naquele ano. Monteiro é acusado pelo Ministério Público de receber ilegalmente R$ 8,3 milhões destinados à campanha, sem registro na Justiça Eleitoral. As informações informações são do Metrópoles.
Durante o processo, Monteiro enfrentou um pedido de indisponibilidade de bens no valor de R$ 39,7 milhões. Alckmin também foi alvo da medida, mas seus bens foram desbloqueados em junho de 2022.
Em abril, Monteiro acionou o STF buscando uma liminar para suspender a ação de improbidade e, no mérito, sua extinção. A defesa argumentou que o Supremo já havia encerrado uma ação penal na Justiça Eleitoral paulista com base nas mesmas acusações, após anulação das provas dos sistemas da Odebrecht. Os advogados afirmaram que a continuidade da ação de improbidade contraria essa decisão do STF.
Toffoli, ao analisar o caso, não concedeu a suspensão do processo, porém a decisão ainda reserva outros desdobramentos para o ex-tesoureiro de Alckmin.