Voltou a criticar o Judiciário -

Sem opção, Dallagnol convoca manifestação contra perda do mandato

Em meio à iminência da perda de seu mandato, o deputado federal Deltan Dallagnol convocou uma manifestação para o dia 4 de junho, sem, no entanto, divulgar o local. Em um pronunciamento realizado no Salão Verde da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (24/05), o ex-procurador do Ministério Público voltou a criticar o Poder Judiciário e reafirmou seu discurso em defesa da Operação Lava Jato, alegando ser vítima de retaliação devido à sua suposta luta contra a corrupção. Com informações do Metrópoles.

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos DeputadosEm decisão unânime, TSE cassa mandato do deputado Deltan Dallagnol
Em decisão unânime, TSE cassa mandato do deputado Deltan Dallagnol

"Damos voz aos brasileiros, mas quando teremos democracia, liberdade e justiça se permitirmos que os antigos detentores de poder, os corruptos brasileiros, cassarem os mandatos parlamentares de deputados opositores a esse sistema? Cassaram a nossa voz, 345 mil votos", protestou Dallagnol. O deputado estava acompanhado por alguns colegas, em um número consideravelmente menor do que o registrado em seu pronunciamento na semana passada.

Em 16/5, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anulou o registro da candidatura de Deltan Dallagnol. O deputado recebeu a notificação da Corregedoria da Câmara nessa terça-feira (23/5), com a publicação no Diário Oficial da União (DOU).

O ofício foi assinado pelo corregedor da Casa, deputado federal Domingos Neto (PSD-CE), e segue o rito formal previsto para que a Câmara cumpra a decisão da Justiça Eleitoral. O corregedor irá elaborar um parecer, que será submetido à Mesa Diretora, responsável por decretar a perda do mandato.

Na decisão, os ministros do TSE consideraram que Dallagnol renunciou ao cargo de procurador do Ministério Público para evitar ser julgado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Caso fosse considerado culpado, ele ficaria impedido de concorrer às eleições de 2022. Portanto, os magistrados entenderam que o ex-procurador da Lava Jato frustrou a aplicação da lei.

No dia seguinte à cassação, Dallagnol não poupou críticas aos que considera seus algozes: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Supremo Tribunal Federal (STF) e o TSE, além de outros políticos que ele chama de "corruptos".

"O sistema de corrupção, os corruptos e seus aliados estão em festa. Gilmar Mendes está em festa, Aécio Neves está em festa, Eduardo Cunha está em festa, Beto Richa está em festa. (...) É um dia de comemoração para os corruptos, é um dia de comemoração para Lula", declarou na ocasião.

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