Operação da PF na residência de Anderson Torres teve momentos incomuns
O mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal (PF) na residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, na quinta-feira (8/2), teve momentos inusitados. De acordo com informações da PF, Torres teria defendido falsidades relacionadas ao sistema de votação durante a reunião considerada golpista que ocorreu no Planalto em julho de 2022. No entanto, sua defesa nega qualquer irregularidade. As informações são do Metrópoles.
A ação da PF transcorreu sem incidentes ou debates acalorados. Conforme relatos, os policiais aguardaram que as filhas de Torres deixassem seus quartos e fossem para a escola antes de procederem com buscas mais detalhadas.
Entre os materiais apreendidos estavam dois HDs de computadores. Torres comentou que ali havia gravações de seus pássaros cantando. O ex-ministro cria pássaros há 16 anos e, em outra investigação, teve as aves apreendidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Torres afirmou à PF que seu pássaro mais valioso sumiu do Ibama. Outros 16 pássaros morreram sob a guarda do órgão ambiental.
Ainda durante as buscas, Anderson Torres precisou sentar-se perto de uma tomada, para carregar a bateria de sua tornozeleira eletrônica. Ele usa o monitoramento desde maio do ano passado, depois de ficar quatro meses preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes, em outra investigação sobre o 8 de Janeiro.