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Ministro Luiz Marinho critica juros altos e diz que Brasil é 'escravo da Selic'

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, criticou duramente a política de juros adotada pelo Banco Central ao comentar os dados de criação de empregos formais em maio. Segundo ele, a atual taxa Selic, de 15% ao ano, é um entrave ao crescimento econômico e à geração de empregos. “Somos escravos dos juros altos. Se não fosse o juro nesse patamar, seguramente poderíamos estar crescendo mais”, afirmou o ministro nesta segunda-feira (30/6). Com informações de Metrópoles

Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Marinho destacou que o ritmo de crescimento do mercado de trabalho formal tem sido inferior ao de 2024. De janeiro a maio, foram abertas 1,051 milhão de vagas com carteira assinada, uma queda de 4,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Para o ministro, essa desaceleração está diretamente ligada à política monetária adotada pelo Banco Central. “A velocidade do crescimento deste ano está aquém das possibilidades, especialmente por causa dos juros”, pontuou.

Ao ser questionado sobre as projeções do mercado financeiro, que indicam a manutenção da Selic acima dos dois dígitos até o fim do governo Lula, Marinho reagiu com indignação. “Temos que cortar os pulsos se acontecer isso”, ironizou. Ele também criticou o boletim Focus, principal termômetro do mercado para indicadores econômicos, dizendo que não acredita nas previsões e que “se recusa a ler” o relatório.

Por fim, o ministro defendeu um “pacto” nacional para estimular a produção e combater a inflação, alertando que a política monetária não pode ser o único instrumento para esse fim. Ele reforçou que conflitos internacionais, como os no Oriente Médio e na Eurásia, não são responsáveis pelo desempenho do mercado de trabalho. “Os culpados são os juros altos, que travam o crescimento”, concluiu.

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