Palco de duas visitas -

Ministério da justiça recebeu mulher de líder do Comando Vermelho

O Ministério da Justiça e Segurança Pública, sob o comando de Flávio Dino, foi palco de duas visitas nos últimos três meses da chamada "dama do tráfico amazonense", Luciane Barbosa Farias, vinculada à facção criminosa Comando Vermelho, conforme revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Luciane, que é casada com Clemilson dos Santos, conhecido como Tio Patinhas e considerado "número 1" pela polícia do Amazonas até sua prisão em dezembro de 2022, participou de encontros não registrados oficialmente, levantando questões sobre a segurança e transparência dessas interações.

Foto: Reprodução

A presença de Luciane não constou nas agendas oficiais do ministério, levantando preocupações sobre o acompanhamento e controle de visitantes. O Ministério da Justiça afirmou, em nota, que a identificação prévia de Luciane pelo setor de inteligência seria "impossível" devido à sua participação em uma comitiva.

Em declarações nas redes sociais, o ministro Flávio Dino negou qualquer encontro em seu gabinete com líderes de facções criminosas, incluindo Luciane. Os secretários Elias Vaz e Rafael Velasco também se manifestaram sobre os encontros. Elias Vaz afirmou que recebeu Luciane durante uma audiência com a presidente da Anacrim, e Velasco mencionou que a reunião com a Anacrim e a apresentação de reivindicações ocorreram em (02/03).

A nota oficial do Ministério da Justiça destaca que a presença de acompanhantes é de responsabilidade exclusiva da entidade requerente e das advogadas que se apresentaram como dirigentes da Anacrim. Além disso, ressalta que, devido à natureza do pedido de audiência, a detecção prévia da situação de uma acompanhante era impossível.

Foto: Reprodução

No entanto, a matéria destaca que todas as pessoas que entram no Ministério da Justiça passam por cadastro na recepção e detector de metais. O episódio levanta questões sobre a segurança e o rigor no controle de acesso a órgãos governamentais, especialmente quando envolve indivíduos associados a organizações criminosas.

A transparência e a prestação de contas sobre esses encontros tornam-se cruciais para a manutenção da integridade institucional.

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