Mauro Cid diz à PF ter participado com Bolsonaro de reuniões para discutir golpe
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, afirmou, em delação à Polícia Federal, ter participado com o ex-presidente de reuniões com militares para discutir um possível golpe no Brasil. As informações são do SBT News.
Mensagens, que estão com membros da CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro, mostram que na agenda privada de Bolsonaro há vários encontros com representantes das Forças Armadas e com o ex-assessor Filipe Martins, entre os dias 16 e 20 de dezembro do ano passado. Os militares e o ex-assessor também foram citados por Mauro Cid no acordo de delação premiada.
Aos investigadores da PF, Cid também informou que o ex-comandante da Marinha, Almirante Almir Garnier, teria manifestado apoio para uma ruptura democrática.
Mais tarde, a defesa de Jair Bolsonaro se manifestou sobre as declarações do ex-ajudante de ordens, negando que a participação do ex-presidente em qualquer projeto que afrontasse o Estado Democrático de Direito. Os advogados afirmaram ainda que irão recorrer à Justiça por calúnia.
O SBT News na TV desta sexta-feira (22/09) traz as últimas atualizações sobre o acordo de delação premiada de Mauro Cid e o andamento da Comissão Parlamentar Mistas de Inquérito do Congresso, que investiga os atos antidemocráticos, em Brasília.
E ainda: a conclusão do julgamento do marco temporal no Supremo Tribunal Federal. Após 3 anos de tramitação do processo, e mais de 10 dias de análise na Corte, o STF derrubou, por 9 votos a 2, a tese que estabelecia a data da promulgação da Constituição, em 1988, como base para a demarcação de terras indígenas. Apenas dois ministros se manifestaram a favor do marco: Nunes Marques e André Mendonça, ambos indicados por Jair Bolsonaro.
Esses e outros assuntos que foram notícia ao longo desta 4ª feira você confere no SBT News na TV, com apresentação de Marcelo Casagrande, ao vivo, na tela do SBT e no canal do SBT News no Youtube.