Marçal é indiciado pela PF por uso de documento falso
A PF (Polícia Federal) indiciou na 6ª feira (08/11) o empresário Pablo Marçal (PRTB) por uso de documento falso. Ele prestou depoimento na Superintendência Regional da PF em São Paulo por volta das 11h20. O indiciamento se refere à foto de uma suposta receita médica de Guilherme Boulos (Psol).
A publicação foi feita nos dias que antecederam a votação para a Prefeitura de São Paulo e indicava que o deputado federal teria sofrido um “surto psicótico” em 19 de janeiro de 2021, consequente do uso de drogas.
Em 7 de outubro, a perícia da PF concluiu que a assinatura do médico do receituário é falsa. A investigação revelou que a assinatura real do médico e a que consta no receituário não foram feitas pela mesma pessoa. O documento é assinado por um médico chamado José Roberto de Souza (CRM 17064-SP). Esse médico diz na imagem que teria atendido Boulos com um “quadro psicótico grave, em delírio persecutório e ideias homicidas”.
Um exame toxicológico teria indicado que o resultado havia dado positivo para cocaína. Dados disponíveis na internet a partir do CRM mostram que Souza morreu –a data não está disponível.
“Verificou-se a prevalência das dissimilaridades entre a assinatura questionada e os padrões apresentados, tanto nas formas gráficas, quanto em suas gêneses, não havendo evidências de que tais grafismos tenham sido escritos por uma mesma pessoa”, disse a perícia.
Em nota enviado ao Poder360, a assessoria de Marçal disse que o “julgamento moral” de pessoas identificadas com a direita é “significativamente mais rápido”, mas que segue “acreditando na Justiça, no Brasil e, acima de tudo, no povo”.
Eis a íntegra do texto:
“É nítido como a velocidade do julgamento moral para aqueles que se identificam com a direita é significativamente mais rápido. Nunca testemunhei uma resposta tão célere em uma investigação como essa. O fato aconteceu no dia 04 de outubro e o indiciamento foi realizado em apenas 34 dias, um verdadeiro recorde. Isso nos leva a crer que, em um tempo ainda menor, seremos declarados inocentes.
Sigo acreditando na justiça, no Brasil e, acima de tudo, no nosso povo!”