
Lula retorna ao Brasil para tratar de exploração na Foz do Amazonas após “desencontro” com Zelensky
Após a sua participação na cúpula do G7 no Japão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retorna ao Brasil nesta segunda-feira (22/05), enfrentando questões internas e um desencontro com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Durante o evento, o mandatário brasileiro destacou a autoridade moral e política do país para liderar agendas de proteção ambiental, em meio a um debate acalorado sobre a exploração de petróleo próximo à foz do Rio Amazonas. Com informações do Metrópoles.

Em uma declaração feita em Hiroshima, na noite de domingo (21/05), Lula indicou que não descarta a possibilidade de permitir a prospecção petrolífera na região. A decisão sobre a licença para a Petrobras perfurar um poço exploratório no Amapá gerou um impasse interno entre ambientalistas e defensores do desenvolvimento, resultando em um potencial alto custo político, independentemente da resolução.
O presidente federal enfatizou que considerará os riscos reais associados ao pedido da Petrobras. A empresa estatal pretende abrir um poço exploratório a cerca de 160 km da costa do Oiapoque, no Amapá, a uma distância de aproximadamente 500 km da foz do Rio Amazonas.
Durante uma coletiva de imprensa que encerrou a participação do Brasil na cúpula, Lula respondeu a jornalistas afirmando que, se a exploração de petróleo na Foz do Amazonas representar um risco para a Amazônia, que está localizada a 530 km de distância, certamente não será permitida. No entanto, ele expressou dúvidas sobre o impacto direto, dado a considerável distância entre as áreas.
O presidente brasileiro também argumentou que os habitantes da Amazônia, onde vivem cerca de 28 milhões de pessoas, têm o direito de explorar a região para garantir sua subsistência. Ele defendeu a necessidade de utilizar de forma sustentável a diversidade da Amazônia, a fim de gerar empregos e promover a sobrevivência da região e da humanidade.
A volta de Lula ao Brasil marca o início de um período crucial de deliberação sobre a exploração petrolífera na foz do Rio Amazonas, com implicações significativas tanto para o meio ambiente quanto para a economia do país.