Lula e Xi Jinping -

Lula reforça posicionamento global do Brasil com visita estratégica à China

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Pequim neste sábado (10/05), acompanhado da primeira-dama Janja, para uma visita oficial que promete ser um marco nas relações Brasil-China. A agenda de quatro dias tem como principal objetivo expandir a cooperação entre os dois países, focando em áreas estratégicas como energia, ciência e tecnologia, mineração e turismo.

Durante sua estadia, Lula se reunirá com o presidente chinês Xi Jinping pela segunda vez em menos de seis meses. Espera-se que os líderes assinem até 16 novos acordos bilaterais, com a intenção de fortalecer os laços comerciais e diversificar as exportações brasileiras para o mercado chinês, que é um dos maiores do mundo. Esta série de acordos ocorre após uma visita recente de Xi a Brasília, que resultou na assinatura de 37 compromissos entre as duas nações.

Foto: Ricardo Stuckert / PRLula

Além dos encontros com o governo chinês, Lula também participará de um fórum com países da América Latina e do Caribe, uma iniciativa que visa posicionar o Brasil como um protagonista na Iniciativa de Desenvolvimento Global da China, sem, no entanto, se comprometer com a adesão formal à Nova Rota da Seda.

A visita se dá em um contexto geopolítico de tensões comerciais globais, especialmente com os Estados Unidos. A reeleição de Donald Trump intensificou a guerra tarifária, o que levou Lula a adotar uma postura crítica contra as tarifas impostas pelo ex-presidente americano. O Brasil busca, assim, ampliar suas parcerias internacionais, especialmente com potências emergentes, em um movimento de diversificação e fortalecimento do Sul Global.

Com a visita a Pequim, Lula reforça a estratégia brasileira de reposicionamento no cenário global, aproveitando a crescente influência da China para consolidar uma agenda mais independente nas relações internacionais. O presidente retorna ao Brasil na terça-feira (13), após cumprir a extensa agenda de compromissos na capital chinesa.

Essa visita não é apenas um reflexo das mudanças no equilíbrio global, mas também uma oportunidade para o Brasil estabelecer novas fronteiras comerciais e políticas com uma das maiores potências econômicas do século XXI.

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