Lula participa de Cúpula do G77 em Cuba e depois segue para Assembleia da ONU

Nesta sexta-feira (15/09), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), embarca para Havana, a capital de Cuba, onde planeja se reunir com o presidente cubano Miguel Díaz-Canel e participar da cúpula do G77. Com informações do R7.

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Após sua estadia em Cuba, o ex-presidente brasileiro seguirá para Nova York, nos Estados Unidos, onde tem agendada sua participação na Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, há informações de que Lula deve encontrar-se com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na próxima semana, especificamente no dia 20.

A cúpula do G77 está programada para acontecer no sábado, dia 16, e tem como foco deste ano os "Desafios Atuais para o Desenvolvimento e o Papel da Ciência, Tecnologia e Inovação". O encontro reunirá 134 nações em desenvolvimento, além da China, e ocorrerá em Havana, devido à presidência atual do G77 estar a cargo de Cuba. O próximo país a assumir a presidência será Uganda no ano seguinte.

Carlos Márcio Cozendey, embaixador e secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Itamaraty, destacou os objetivos da cúpula, que incluem fortalecer a influência dos países em desenvolvimento em negociações multilaterais, abordar questões como a mudança climática e promover a solidariedade na cooperação internacional, especialmente no contexto da recuperação pós-pandemia de Covid-19, além de impulsionar reformas na governança financeira internacional.

No final do evento, está prevista uma declaração conjunta dos países do G77, que visa aprimorar a capacidade de negociação conjunta em questões econômicas internacionais e promover a cooperação entre países do Hemisfério Sul para o desenvolvimento.

Além da participação na cúpula do G77, Lula terá reuniões bilaterais com Qu Dongyu, diretor-geral da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO), e com o presidente de Cuba, no sábado. Em seguida, no domingo, dia 17, ele seguirá para Nova York para participar da Assembleia-Geral da ONU, onde tradicionalmente faz o primeiro discurso da cerimônia, conforme ocorre desde 1945.

Neste ano, durante a Assembleia da ONU, Lula e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, devem anunciar uma iniciativa conjunta em defesa do trabalho digno, alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela ONU em 2015. A iniciativa inclui metas como alcançar o emprego pleno e produtivo até 2030, bem como igualdade salarial para trabalho de igual valor entre homens e mulheres, incluindo jovens e pessoas com deficiência.

A relação entre Lula e Biden tem se fortalecido ao longo do ano, com encontros anteriores em Washington e discussões sobre temas ambientais e mudanças climáticas. Ambos se encontraram recentemente durante uma reunião paralela à cúpula do G20 na Índia.

Além do presidente Lula, outras autoridades brasileiras devem comparecer ao evento da ONU, incluindo Arthur Lira (presidente da Câmara dos Deputados), Rodrigo Pacheco (presidente do Senado Federal), Bruno Dantas (presidente do Tribunal de Contas da União), e os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Jader Filho (Cidades).