Tensão política -

Haddad avalia que tensão comercial com EUA pode acelerar acordo Mercosul-União Europeia

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou nesta sexta-feira (11/04), em São Paulo, que o recente agravamento das tensões comerciais provocadas pelo novo pacote tarifário dos Estados Unidos pode contribuir para acelerar o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Para ele, o anúncio feito pelo ex-presidente Donald Trump, que impôs tarifas a produtos de mais de 180 países, representa uma mudança radical no cenário global.

Segundo Haddad, o impacto do chamado “tarifaço” ainda não pode ser plenamente mensurado, mas o Brasil encontra-se em posição favorável para enfrentar as turbulências econômicas internacionais. Ele apontou que o país mantém reservas robustas, superávit na balança comercial e vem ampliando exportações para os principais blocos econômicos, como Estados Unidos, União Europeia, China e Sudeste Asiático.

Na visão do ministro, o contexto internacional pode favorecer a conclusão do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, já que o Brasil tem demonstrado disposição para fortalecer parcerias e ampliar sua presença no comércio global. Ele também ressaltou que os Estados Unidos, embora atualmente sejam superavitários na balança com o Brasil, não teriam grande benefício em retaliar o país.

O ministro mencionou ainda que o Congresso Nacional aprovou recentemente uma legislação voltada à reciprocidade nas relações comerciais, com o objetivo de reforçar a posição brasileira em futuras negociações. Para ele, essa medida busca deixar claro ao governo americano que o Brasil não aceitará ser tratado de forma desigual em acordos bilaterais e defenderá seus interesses no plano industrial e no mercado de trabalho.

Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLESHaddad
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