O Brasil está atravessando a pior seca dos últimos 94 anos, e com a chegada do calor, o país deve enfrentar picos mais elevados de consumo de energia. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) alerta que a quantidade de água disponível para geração de energia está abaixo da média histórica e tem sido um "ponto de atenção" desde dezembro de 2023.

Diante desse cenário crítico, o governo está adotando medidas para garantir o fornecimento contínuo de energia. Uma das opções estudadas é o retorno do horário de verão em 2024, conforme confirmado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A medida está sendo avaliada, mas a decisão final ainda dependerá de uma decisão política.

Embora o horário de verão tenha mostrado pouca eficácia na economia de energia ao longo dos anos, o Ministério de Minas e Energia acredita que a medida poderia ajudar a deslocar o pico de consumo, que ocorre no início da noite. Durante esse período, a geração de energia solar diminui devido à ausência de sol, enquanto a geração eólica aumenta devido aos ventos noturnos. O intervalo entre a queda da energia solar e o aumento da energia eólica pode criar um pico de demanda que precisa ser atendido por energia hidrelétrica ou térmica.

Foto: Reprodução/Governo Federal