Nesta sexta-feira (01/12), o Congresso dos Estados Unidos cassou o mandato do deputado George Santos. Com isso, ele se tornou o sexto legislador a ser expulso da Câmara dos Deputados na história dos EUA. As informações são do Metrópoles.

Foto: Reprodução/George Santos

George Santos

Com o placar de 311 votos a favor e 114 contra, o Congresso dos EUA aprovou a cassação do mandato de Santos. O político responde por 23 acusações na Justiça dos Estados Unidos, entre elas, fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.

Filho de brasileiros, o congressista entrou nos holofotes após a revelação de ter modificado o currículo para concorrer às eleições; ele admitiu que, de fato, realizou as alterações das quais foi acusado.

O Comitê de Ética votou a partir de um documento que reúne provas das infrações de George Santos. Mesmo com as acusações, ele continua a negar a autoria de qualquer crime. Ele afirma que é vítima de uma “perseguição política”.

Anteriormente, o político “sobreviveu” a duas tentativas de afastamento. Isso porque parte dos parlamentares da Casa enxergou que apenas relatos de redes sociais, sem evidências das acusações, não seriam capazes de afastá-lo.

Quem é George Santos?

George Santos foi eleito em novembro de 2022 para a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, sendo o primeiro parlamentar declaradamente gay do partido Republicano — mesma sigla do ex-presidente Donald Trump.

Ele chegou a ser preso em 10 de maio, sob o inquérito que investiga possíveis crimes financeiros e de falsidade ideológica, mas foi solto no mesmo dia após pagar fiança de US$ 500 mil (quase R$ 2.4 milhões).

Mentiras

Logo após vencer as eleições, em 2022, o jornal The New York Times revelou que Santos inventou diversos aspectos da vida pessoal e profissional presentes no currículo. Entre as diversas alegações falsas, Santos declarou ter diplomas da Universidade de Nova York e do Baruch College, mas as instituições de ensino negam que ele tenha estudado lá.

O deputado também disse que sua mãe, Fátima Devolder, estaria nas Torres Gêmeas, em Nova York, em 11 de setembro de 2001, durante o atentado terrorista. Ainda sobre sua família, o parlamentar se elegeu com o discurso falso de que era judeu e os seus avós escaparam da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.