A crise na saúde pública de Teresina voltou ao centro das discussões políticas nesta quarta-feira (02/07), após o terceiro pedido de exoneração apresentado por Charles da Silveira, até então presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS). A situação provocou forte reação na Câmara Municipal, especialmente por parte do vereador Eduardo Draga Alana (Republicanos), que usou as redes sociais para cobrar explicações e criticar duramente a condução da pasta.

"Em menos de seis meses, o presidente da FMS pediu exoneração três vezes. A pergunta que não quer calar: o que está acontecendo na saúde de Teresina? UBSs sem medicamentos. Hospitais sem insumos básicos. Falta gestão, sobra caos", disparou o parlamentar.

A declaração evidenciou o clima de insatisfação com a atual administração da saúde na capital, onde relatos sobre a escassez de medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde e a falta de insumos essenciais nos hospitais têm se tornado frequentes. Para o vereador, a instabilidade no comando da FMS é reflexo direto de uma gestão que, segundo ele, “não dá conta do recado”.

O prefeito Silvio Mendes (União Brasil) confirmou que recebeu o pedido de exoneração de Charles Silveira, o terceiro desde o início da atual gestão. Até o momento, não há definição sobre quem assumirá oficialmente o comando da Fundação, o que amplia a incerteza sobre os rumos da saúde pública na capital.

Nos bastidores da política municipal, o clima é de pressão. Parlamentares cobram mais transparência e medidas concretas para enfrentar os problemas que afetam diretamente a população. Enquanto isso, a presidência da FMS segue sem um nome fixo e a saúde de Teresina, sem estabilidade.