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Deputada Erika Hilton posta look com bolsa Bottega Veneta avaliada em R$ 24,7 mil

A deputada federal Erika Hilton (PSol-SP) usou as redes sociais, na tarde desta terça-feira (1º/07), para responder aos críticos com uma postagem provocativa. Ao sair da Câmara dos Deputados, Hilton compartilhou uma foto exibindo um look elegante e uma bolsa da grife italiana Bottega Veneta, avaliada em R$ 24,7 mil. A publicação rapidamente viralizou e reacendeu debates sobre ostentação e uso de recursos públicos. Com informações do Metrópoles.

“Pronta, belíssima e preparada para mais uma semana de trabalho contra os retrocessos e horrores deste Congresso”, escreveu a parlamentar no X (antigo Twitter). “O que me interessa é nosso contra-ataque em defesa da dignidade do nosso povo e das necessidades do Brasil. E quem achou que seria diferente, que morda as costas”, completou Hilton, em tom de ironia.

A postagem foi vista como uma resposta direta às críticas recentes à deputada. Nos últimos dias, ela foi alvo de polêmica após a revelação de que dois maquiadores estavam contratados por seu gabinete, com salários mensais de R$ 2,1 mil e R$ 9,6 mil. Segundo Hilton, os profissionais também exercem outras funções de assessoria e atuam como maquiadores apenas de forma esporádica.

A relação da parlamentar com a marca italiana não é recente. Em maio de 2023, Hilton participou de um evento que celebrou os 10 anos da Bottega Veneta no Brasil. Na ocasião, destacou a importância da cultura nacional e agradeceu ao consultor Jeff Ares pela oportunidade de integrar a ação, ao lado de arquitetos, músicos e outros artistas.

No TikTok, Erika Hilton também publicou um vídeo curto desfilando com um terninho da grife, o que levantou questionamentos sobre possível publicidade não identificada. A postagem, contudo, não traz nenhuma indicação de patrocínio ou parceria comercial.

A participação da deputada no evento de 2023 coincidiu com a votação de urgência do projeto do Marco Temporal das terras indígenas na Câmara. A proposta, criticada por movimentos indígenas e entidades de direitos humanos, foi aprovada pelo Congresso no fim do mesmo ano, dificultando novas demarcações.

Questionada sobre a ausência na votação, Hilton declarou que o compromisso em São Paulo foi devidamente justificado e que não tinha como prever a inclusão da matéria na pauta, decisão tomada, segundo ela, de última hora pela presidência da Câmara. Como líder da bancada, informou que orientou a obstrução da pauta.

“Eu requeri uma ausência justificada para participar de um evento em São Paulo, no dia 24/05/2023, para debater política com pensadores da cultura brasileira”, afirmou. “Assim que soube da urgência, orientei a bancada a obstruir”, completou.

Apesar das críticas, Erika Hilton mantém firme sua postura e reforça que sua atuação parlamentar segue comprometida com as pautas sociais e culturais. A deputada, primeira mulher trans eleita para a Câmara, tem se destacado como uma das vozes mais ativas da esquerda no Congresso.

Leia abaixo a íntegra da manifestação da deputada:

“Eu requeri uma ausência justificada para participar de um evento em São Paulo, no dia 24/05/2023, para debater política com pensadores da cultura brasileira, arquitetos, músicos e poetas. Não tinha como eu saber com antecedência a pauta desse dia, pois Arthur Lira sempre incluía matérias em cima da hora. De todo modo, assim que soube que a pauta entrou em regime de urgência, como líder, orientei a coordenação da bancada para obstruirmos a pauta.

Desconheço qualquer reclamação pública de parlamentares do meu partido sobre minha atuação parlamentar. Avalio que há uma perseguição orquestrada contra mim, que envolve grandes interesses, com mentiras acerca de minha equipe, minha saúde e meu trabalho, que é muito sério e amplo em defesa dos trabalhadores e da população mais vulnerável. Desde 2023 até hoje, tive apenas 3 ausências não justificadas no Plenário da Câmara e sou uma das deputadas mais ativas e combativas do parlamento brasileiro.

Votei contra o Marco Temporal, fiz campanha contra o Marco Temporal e estive no Acampamento Terra Livre nos anos de 2023, 2024 e 2025 para receber demandas dos povos indígenas, por saber que esse absurdo defendido por grileiros e criminosos ameaça a sobrevivência de muitas comunidades indígenas e das florestas brasileiras. Todos esses fatos são públicos.”

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