Delegado confirmou ameaças -

Delegado da PF recebe “recado de intimidação” após indiciar Bolsonaro

O delegado Fábio Alvarez Shor, da Polícia Federal (PF), passou a utilizar um carro blindado para se proteger após receber ameaças e relatar uma tentativa de intimidação, ocorrida depois de indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 integrantes de uma organização criminosa acusada de tentar um golpe de Estado em 2022. Com informações do BNews.

Foto: Reprodução

Shor tornou-se alvo de ataques coordenados por aliados do ex-presidente, incluindo Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O delegado reportou as intimidações à própria PF, que abriu um inquérito para investigar o caso.

Em depoimento, Shor confirmou que recebeu ameaças após indiciar Bolsonaro no caso envolvendo o contrabando de joias recebidas pela Presidência, que supostamente seriam vendidas nos Estados Unidos.

O delegado também relatou que ele e sua família começaram a ser ameaçados cerca de 10 dias após o indiciamento no inquérito sobre o furto e contrabando de joias, em 4 de julho deste ano. Em uma mensagem oficial, Shor destacou: "Diante dos últimos acontecimentos envolvendo ameaças a este subscritor e seus familiares, encaminhou o presente para ciência e avaliação."

A base das denúncias inclui declarações feitas por Eduardo Bolsonaro em março deste ano, quando criticou a atuação da Polícia Federal, referindo-se à corporação como "cachorrinhos de Moraes". Na ocasião, Eduardo questionou: "Depende de qual Polícia Federal: a normal ou a do Moraes? Porque ele está julgando o cartão de vacina do presidente, se ele nem é mais presidente? Porque esses inquéritos todos caem na mão dele? A PF vai investigar esse e-mail ou vai continuar sendo cachorrinho do Alexandre de Moraes?"

Essas declarações coincidem com o período em que Bolsonaro foi indiciado no inquérito relacionado à falsificação de cartões de vacina.

Fonte: BNews

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