
Daniel Noboa consolida liderança no Equador com discurso duro contra o narcotráfico
Daniel Noboa foi reeleito presidente do Equador neste domingo (13/04), com 56% dos votos, consolidando seu perfil de liderança jovem e combativa. Aos 35 anos, tornou-se o presidente mais jovem da história do país e tem se destacado pela postura firme no enfrentamento ao narcotráfico, com apoio crescente da população.
Desde que assumiu, Noboa adotou medidas severas de segurança, incluindo o envio de militares às ruas e presídios, além da decretação de estados de exceção. Sua gestão tem sido comparada à de Nayib Bukele, em El Salvador, especialmente pelo uso de estratégias midiáticas e ações simbólicas, como aparecer de colete à prova de balas em áreas violentas.
Apesar da popularidade, o presidente tem enfrentado críticas de organizações de direitos humanos por abusos da força pública. Um caso emblemático foi o assassinato de quatro crianças, supostamente envolvendo militares, em Guayaquil.

Noboa também causou tensão diplomática ao romper relações com o México após uma polêmica operação policial dentro da embaixada mexicana em Quito. Internamente, sua vice-presidente, Verónica Abad, o acusa de violência de gênero após ser afastada de funções governamentais.
Formado nos Estados Unidos, Noboa mistura uma imagem pública informal — com presença constante nas redes sociais — a uma gestão com traços autoritários e foco em segurança pública. Casado com a influenciadora Lavinia Valbonesi, ele também enfrenta acusações da ex-esposa de violência vicária envolvendo a filha do casal.
Mesmo com as polêmicas, Noboa mantém alto índice de aprovação e promete seguir endurecendo o combate ao crime organizado, que transformou o Equador em um dos países mais violentos da América Latina.