Nem elogio, nem palavrão -

CPI do MST: presidente corta microfone de deputada

A CPI do MST iniciou-se nesta terça-feira (23/05), na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), com embates entre governo e oposição gerando discussões que envolveram trocas e acusações e microfone cortado, conforme noticiado no Ciência política.

O Tenente-Coronel Zucco, presidente da Comissão, chegou a cortar o microfone da deputada Sâmia Bomfim enquanto ela lia a notícia que havia acabado de ser publicada sobre o envolvimento do presidente da Comissão em investigação da Polícia Federal (PF), sobre os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro. Após cortar o microfone, Zucco devolveu a palavra novamente para a deputada para que ela pudesse concluir o posicionamento na Comissão.

"Se Vossa Excelência não tivesse interrompido o meu direito regimental de utilizar o tempo de líder do meu partido, nada disso teria acontecido. Mas o autoritarismo e a gana de calar as nossas vozes é tão grande, que o senhor cria uma situação absolutamente constrangedora para o senhor, e depois foi obrigado, evidentemente, a cumprir aquilo que diz o nosso regimento. 
O meu tempo de liderança não pode ser interrompido, assim como o senhor não pode indeferir um pedido de questão de ordem antes que ele seja completado. E não, a resposta que o senhor deu para o Kim Kataguiri não contém pelo aquilo que eu estou questionando, porque o que eu fiz, eu nunca faltei com respeito com o senhor, não utilizei um elogio, nem palavrão. O que eu fiz? Eu li uma manchete. Por que lhe incomoda tanto uma manchete de jornal? 

A manchete está pública, qualquer cidadão brasileiro pode ter acesso a esses fatos. O senhor ficou prestando seu depoimento para mim, de que não foi do 8 de janeiro, de que não convocou, para mim o senhor não tem que prestar depoimento nenhum, é para a Polícia Federal. O senhor vai responder para a justiça pelos crimes que tentou cometer contra o país. E se o senhor vai precisar responder ao inquérito do senhor Alexandre de Moraes, conforme a imprensa está noticiando, não é contra mim que o senhor tem que ficar bravo", disse Sâmia Bomfim.

Na defesa, Zucco afirmou que a investigação é de 2022 antes dos atos golpistas de 8 de janeiro. Durante a comissão, ele falou ainda a deputada as questões de ofensas pessoais não deveriam estar na pauta da Comissão Parlamentar de Inquérito.

Instagram

Comentários

Trabalhe Conosco