Contra o antissemitismo -

Confederação israelita alivia críticas após Lula conversar com presidente de Israel

Depois de uma discussão entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e de Israel, Isaac Herzog, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) suavizou as críticas que havia feito à postura de Lula em relação aos ataques israelenses na Faixa de Gaza. As informações são do R7.

Foto: RONEN ZVULUN/REUTERS 13.11.23Bombardeios em Gaza têm sido criticados por Lula
Bombardeios em Gaza têm sido criticados por Lula

Nesta sexta-feira (17/11), a representação judaica saudou "as declarações do presidente Lula contra o antissemitismo no nosso país". 

"A Conib defende maior equilíbrio na posição do governo brasileiro e tem manifestado a grande preocupação da comunidade judaica com a importação do trágico conflito do Oriente Médio ao Brasil, com o aumento da retórica antijudaica no nosso país. As relações bilaterais entre Brasil e Israel são profundas e devem ser nutridas, principalmente em momentos como este", destacou a Conib, em nota publicada nesta sexta-feira (17/11).

A ligação entre os presidentes foi feita na quinta-feira (16/11) do Palácio do Planalto e durou cerca de 40 minutos. Na ocasião, Lula agradeceu pelo apoio na liberação do grupo que estava na Faixa de Gaza e pediu ajuda para a saída dos brasileiros que ainda estão na região. Herzog respondeu que os esforços serão feitos com "a devida rapidez", informou o Palácio do Planalto em nota.

A conversa ocorreu após uma série de declarações de Lula comparando as ações israelenses ao terrorismo do Hamas. "É verdade que houve ataque terrorista do Hamas, mas o comportamento de Israel fazendo o que está fazendo com criança, hospital, com mulheres [...] é igual ao terrorismo", disse Lula, na terça-feira (14/11), durante o programa Conversa com o Presidente. 

Críticas

O posicionamento do petista gerou reações da comunidade judaica. A própria Conib condenou as falas. "Além de equivocadas e injustas, falas como essa do presidente da República são também perigosas. Estimulam entre seus muitos seguidores uma visão distorcida e radicalizada do conflito, no momento em que os próprios órgãos de segurança do governo brasileiro atuam com competência para prender rede terrorista que planejava atentados contra judeus no Brasil", disse o presidente da Conib, Claudio Lottenberg. 

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